segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alcoolismo: A Família

A família exerce um papel importante: são pessoas que se atraíram para se auto ajudarem no processo evolutivo da vida, uma vez que tem dificuldades emocionais semelhantes em menor ou maior grau. É necessário que os membros da família reconheçam em si as próprias dificuldades emocionais e esforcem-se para lidar com elas, acendendo a chama da esperança e da renovação.

O alcoólatra geralmente é a pessoa mais sensível da família e que expõe as dificuldades de todos, podendo ser considerado a “ovelha negra” (em contra partida, os outros integrantes da família se acham “ovelhas brancas”), onde todos ficam estagnados, não ocorrendo a transformação necessária.

A maneira de a família ajudar é cada um se responsabilizar por si, e perceber as atitudes que tem e que contribuem para a manutenção dos problemas. Sem isso, é como se a família se anestesiasse, como co-dependentes alcoólicos, deixando também de viver.

O fato de os familiares não tomarem uma atitude mais severa, de não se imporem, de não colocarem os limites – não só em relação ao álcool, mas nas várias situações da vida – denotam uma acomodação que só faz permanecerem no status quo de “ovelhas brancas”, quando na realidade, todos são “ovelhas negras” que precisam trazer a força do próprio espírito.

Nem todos os seres espirituais que se acoplam ao alcoólatra se libertam quando ele se liberta. É apenas uma oportunidade que se apresenta. Nenhum alcoólatra deseja se libertar do álcool para libertar alguns seres espirituais. O desejo dos familiares em se libertar do álcool não deve estar focado no alcoólatra, mas em si próprio.

Quando toda a família se reúne para que o alcoólatra deixe de beber é uma ação infrutífera, que gera o sentimento de impotência e faz crer que a felicidade e o bem-estar estão nas mãos do alcoólatra, o que faz com que cada um se exima de sua responsabilidade individual.

Todos os integrantes da família estão no fundo do poço, mas acham e querem que o mais frágil, o mais sensível, saia primeiro. Qualquer pessoa que sair do poço poderá ou não ajudar os outros, isto dependerá do esforço de cada um. Ficar todos no poço, se acusando, é um sofrimento em vão, que não traz, definitivamente, solução.



Por: Maura de Albanesi
Imagens:google.com


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