domingo, 29 de janeiro de 2012

Mania de doença

As pessoas que se esquivam de um comportamento mais natural e comum estão escondendo alguma coisa ou se defendendo de algo que não querem deixar transparecer. O hipocondríaco é uma pessoa normal, mas sempre tem algo a esconder, porque lhe é mais fácil fugir de um problema do que assumir os próprios limites.

Hipocondríaca é a pessoa que tem mania de doença, vive com a bolsa cheia de vidrinhos e envelopes, toma todo tipo de remédio que julga lhe fazer bem e se constitui na felicidade das farmácias, porque além de se automedicar, receita remédios para as doenças dos outros. Está sempre se sentindo mal e, conseqüentemente, nunca tem disposição para nada. Só que as doenças são fantasias de sua cabeça, um subterfúgio para ocultar uma verdade que não quer ver, aceitar ou administrar.

O hipocondríaco nunca deixa de trabalhar porque é fraco, preguiçoso ou porque está na fossa. Não. Ele telefona para o chefe e alega estar com dor de cabeça. Mas uma simples dor de cabeça para eleja é indício de um tumor cerebral. A dor até existe, pois a força da mente tem o poder de provocá-la, mas o medo de que seja um tumor deixa-o prostrado. Não vai trabalhar, como se quisesse dizer a todo mundo: "Vocês devem me respeitar, porque estou sofrendo muito". E essa imagem que quer passar todas as vezes em que se diz doente. O desejo dele é ser notado desta forma.

Para o hipocondríaco, só a doença e a dor dele têm valor, nunca a dos outros. Esse modo de proceder indica lima fraqueza mal administrada, consciente ou inconsciente, que a pessoa não quer aceitar. Os que percebem esse seu lado negativo e não reagem são fracos: não procuram ajuda e se acomodam como vítimas.

O caminho do bem, da luta, da busca é difícil para todos. Mas o hipocondríaco é alguém que encontra obstáculos pela frente e, em vez de superá-los e ir adiante, pára, com pena de si mesmo. E defende-se das críticas e também de si, utilizando como desculpa a doença.

Cada dia tem uma dor nova: dói o fígado, o rim, a coluna, a cabeça e assim por diante. Nunca está bem aos olhos dos outros, porque tem medo de que lhe cobrem as atitudes normais de todo ser humano que convive com os altos e baixos da vida e, não obstante, segue em frente.

Uma pessoa com mania de doença torna-se chata, estraga o prazer de todo mundo. Está sempre triste, problemática, indisposta. E o que é pior, ninguém sabe como tratá-la. Quer sempre estar em evidência, mas se justifica disso escondendo-se atrás de uma doença. Não só. É incapaz de dizer não a alguém, porque não tem coragem para tanto. Mas se esquiva dos deveres, principalmente os que mais lhe custam, dizendo-se doente, para que todos tenham pena dela e não lhe exijam nada. Nunca tem deveres, e quando se sente cobrada, agride todo mundo, porque pensa ser mais importante do que o que lhe foi cobrado. Mais que tudo é egocêntrica e não admite que alguém seja mais doente do que ela. Numa palavra, o hipocondríaco se compensa de seus distúrbios através da doença.

REAÇÕES

O homem vive em busca de felicidade. Cada um procura arregaçar as mangas e batalhar, seja no aspecto afetivo, profissional, pessoal. Nada se consegue gratuitamente. Para as pessoas que acreditam em Deus, torna-se mais fácil compreender que estamos nesta vida dependente da matéria para crescer e progredir. As pessoas fortes choram, sofrem, se desesperam, têm tristezas, mágoas, revoltas, mas dentro desse quadro reagem, porque sabem que nem todos os dias serão iguais. Os fracos, não. Escondem-se atrás de escudos para proteger-se e justificar a própria fraqueza. O hipocondríaco é um caso desses: refugia-se na doença para não ter de batalhar pela vida.

Existem várias causas que contribuem para uma pessoa chegar a esse ponto. Pode ser um complexo de inferioridade, um desvio de comportamento, falhas na educação etc. Mas quem apresenta tais limites na maioria das vezes não tem consciência de que é assim. Por isso, precisa ser ajudado a entrar em contato com seu lado fraco e a descobrir a razão pela qual esconde sua verdade, natureza, personalidade, e o que o bloqueia para utilizar-se da doença como uma arma a fim de defender-se dos outros e da vida.

Conviver com uma pessoa que não tem ânimo nem garra para nada, que só fala de si, de suas doenças, e só dá valor à sua própria dor torna-se uma tortura. Ajudá-la com tratamentos adequados pode ser a solução. Porém, se não der resultado, é preferível deixá-la viver a própria vida, mas sem permitir que sua influência negativa recaia sobre outros membros da família, tolhendo-lhes a liberdade.

No fundo, o hipocondríaco é uma pessoa frágil interiormente, que está sempre com cara de doente, chamando a atenção sobre si, mas tentando encobrir aquilo que lhe dói de verdade no eu e contra o qual não tem coragem nem forças para reagir sozinho. Mais que tudo, é preciso ajudá-lo a tomar consciência de seu estado.



Por: Maria Helena Brito Izzo
Fonte: Revista Família Cristã

Imagens: google. com


Coragem é o que nos falta

Coragem é o que nos falta
Para enfrentarmos nosso dia-a-dia.

Coragem é o que nos falta
Para mudarmos nosso jeito
De ser, pensar e agir.

Coragem é o que nos falta
Para nunca desistirmos
De a nossas obrigações
Cumprir.

Coragem é o que nos falta
Para arregaçar as mangas
E trabalhar, trabalhar, trabalhar...

Coragem é o que nos falta
Para, com garra, com força, com fé,
Seguirmos adiante
No nosso caminhar.

Coragem é o que nos falta
Para assumirmos nosso verdadeiro eu
Pérfido, hipócrita, mau.

Coragem é o que nos falta
Para nos livrarmos
De todos os vícios
Que nos assolam a alma.

Coragem é o que nos falta
Para reconhecer
Sermos falhos, descrentes
E sem fé.

Coragem é o que nos falta...





Autoria: Guido
Fonte: Fonte: http://www.cybermind.com.br/segrav/auto1.htm
Imagens: google. com


Mania de roubar

Cleptomania é um distúrbio mental que precisa de tratamento. E uma compulsão de roubar e diferencia-se do roubo intencional, que as pessoas fazem em geral por falta de caráter e às vezes por necessidade. Dizem que rico é cleptomaníaco e pobre é ladrão.

É evidente que o homem que obteve sua riqueza no roubo é ladrão. Não é cleptomaníaco. Ele se apoderou do que pertence aos outros ou ao governo (patrimônio dos cidadãos, que pagam impostos) através de manobras como comissões ilícitas ou desvio de verbas, por exemplo.

Quem se apossa de souvenirs como toalhas de hotel, copos, cinzeiros, guardanapos de restaurantes etc. também não é cleptomaníaco. O que ele faz chama-se falta de educação e respeito, antes de se chamar roubo. As razões podem ser até "nobres", como levar o copo do restaurante onde esteve com a namorada pela primeira vez. Mas o ato é errado do mesmo jeito, porque os fins não justificam os meios. Á pessoa está roubando de forma premeditada, mesmo que obedeça a um rompante de momento, pois tem capacidade de controlar-se.

Já o cleptomaníaco é incontrolável, como o guloso, o mentiroso, o neurótico, o alcoólatra, o drogado - que são aquelas pessoas em fase de repetir um mesmo comportamento mecanicamente, por imposição de seu inconsciente. O cleptomaníaco também pratica uma coisa errada, que é o roubo, mas ele não consegue se controlar. Diferindo dos ladrões, ele muitas vezes não quer roubar e não admite o roubo.

Muita gente honesta não admite o roubo, mesmo que esteja passando necessidade. Essas pessoas cumprem um mandamento ético que garante a própria continuidade das sociedades civilizadas, que se baseiam em leis e direitos. O cleptomaníaco, como outras pessoas que sofrem de problemas mentais crônicos, tem uma instabilidade emocional básica - tanto que não sabe nem a hora do dia em que será dominado por uma compulsão de roubar (pequenos objetos, geralmente). Em geral ele sofre, tem vergonha, sente angustia e às vezes chega a entrar em pânico. Mas passa quieto os seus momentos de aperto e não procura tratamento, nem fala de seu problema com amigos ou parentes.

Hoje sabemos que a causa das neuroses e dos problemas do comportamento se origina na infância e em nossa carga genética. O nosso caráter é moldado até perto dos 7 anos de vida. E nós respondemos aos estímulos do meio ambiente de acordo com esses estímulos e com nossa maneira de lidar com eles. Estímulos negativos podem desencadear reações negativas. Mas podem também ser filtrados pelo nosso caráter.

Algumas pessoas filtram situações de medo, carência, solidão, angústia, abandono, desespero e saem delas inteiras e de bem com a vida. Outras pessoas não conseguem filtrar situações penosas e as armazenam. A pessoa mais forte passa por cima dos problemas e toca a vida para a frente. A mais fraca guarda tudo o que acontece com ela - e por isso vive com a cabeça cheia de caraminholas.

Muitas vezes as privações físicas e de amor e compreensão por que passa uma criança antes dos 7 anos determinam certas respostas neuróticas. E se tornam a base de uma cadeia de episódios que acontecem com a pessoa ao longo de sua vida - porque ela os procura mecanicamente, sem pensar. É o caso de alguém que sempre rouba sabonetes nos supermercados para dar uma resposta para a mãe, que o obrigou a dormir de calça de pijama molhada porque não conteve a urina quando tinha 5 anos.

O tratamento da cleptomania busca esses episódios e situações não resolvidos e ajuda a pessoa a filtrá-los. É a forma de curar esse distúrbio. A pessoa precisa buscar lá atrás, na sua infância e na sua família, os estímulos que ela não resolveu adequadamente. E com isso ela passa a entender o seu próprio comportamento, tornando-se capaz de mudá-lo.

Mas a maioria dos clepto-maníacos sempre acha que se curará sozinha. Não é verdade, porque a origem de seus problemas pode estar na infância, envolvendo mecanismos emocionais que dificilmente são traduzidos em palavras. Nesses casos, os amigos e a família de uma pessoa clepto-maníaca podem chegar a dizer: "Você está se fazendo mal e atrás disso tudo tem um porquê. Vamos identificar essa causa para que você domine a situação e seja mais feliz consigo e com os outros".

Mas, sabendo um pouco mais sobre seu problema, muitos cleptomaníacos são capazes de procurar ajuda por si próprios, consultando médicos e psicólogos. E a vida fica mais fácil para quem se conhece melhor.




Por: Maria Helena Brito Izzo
Fonte: Revista Família Cristã

Imagens: google. com


Conhecer-se

Liberte-se. Deixe transbordar o que tem dentro de você. Mas, cuidado, isto é de você para você. Não significa que o seu lado ruim exista para magoar ou para ferir.

Liberte-se dos seus vícios, dos seus preconceitos, enfim, de tudo que paralisa o seu caminho na senda do bem. Ponha para fora o seu lado bom, pois, por mais imperfeições que você tenha, é natural também que possua qualidades.

Nunca pense ser um ser que só tem defeitos. Embora os seus defeitos se sobressaiam mais que suas qualidades, lembre-se que é assim com todo mundo ou, pelo menos, neste planeta é o que acontece na maioria das vezes. Mas vá em frente e conheça-se, que as outras coisas acontecerão por si só.


Autoria desconhecida
http://www.cybermind.com.br/segrav/auto1.htm
Imagens: google. com

Teu corpo

Para ti, ele é fonte inesgotável de prazer. Com ele passas horas a fio trabalhando.

Dinheiro e tempo não são impecilhos para a ele te entregares.

E horas e mais horas, passas a desfilar em academias. Os quilos que perdeste trazes como troféu diante do esforço exaurido.

A roupa da tua filha já cabe em teu corpo agora.

Buscas diariamente, freneticamente, condições e mais condições para te tornares mais bela e saudável.

Mas o que é beleza e saúde no sentido exato da palavra?

Consegues realmente entender as reais necessidades de beleza e saúde do teu corpo? Já indagaste a ele o que realmente ele precisa?

Não te iludas com as aparências e com a impossibilidade de desconexão da pergunta acima.

Diariamente nutres, massageias, apertas teu corpo e não sabias que também podes falar com ele?

Não te iludas com as aparências, aceita-te como uma flor aceita as cores da sua vestimenta.

Busca harmonizar-te, equilibrar-te com tuas energias. Assim estarás abrindo espaço para que a beleza que o teu corpo encerra, saia para fora.

E então verás o quanto és bela.

E o melhor é que essa beleza, tempo algum a levará de ti.



Autoria: Samara
Imagens: google. com


Honestidade

Acima de tudo, sê honesto contigo mesmo. E, depois, com teus semelhantes.

Aquele que planta a honestidade colhe os frutos do saber.

Não há saber sem honestidade e não há honestidade sem saber, ambos caminham lado a lado na evolução do ser.

"Não procures combustíveis em pensamentos e emoções". Compreende o verdadeiro ser e nutre-o com o que lhe é necessário. Somente o necessário. Para isso, mister se faz que encontres a honestidade dos teus anseios e compartilhes com a doçura, mãe dos seres, o encontro do teu eu com o Universo.

Palavras difíceis de serem compreendidas. Difíceis, pois ainda não encontraste a honestidade dentro de ti.

Como poderás alçar vôos, se ainda teimas em rastejar?

Como ser honesto, se a sinceridade de teus atos ainda não foi encontrada por ti?

Como ser sincero, se ainda existe o orgulho a tirar-te as boas oportunidades de te tornares puro?

Como ser puro, se o coração, embrenhado que está em emoções e sentimentalismos, não ativa a mente para uma melhor elucidação dos fatos?

Como avaliar condições, se ainda não avalias nem um pensamento teu sequer?

Para chegarmos até a honestidade, muitos caminhos necessitam ser percorridos.

Não penses na honestidade como um estado único. Não, ela depende de muitos outros estados e está envolvida por eles.

É como um rio que leva à outro rio e este a outro e mais outro, até chegarem no mar.
Não creias que seja necessário apenas ser honesto. Não creias que já és honesto.

Crê sim, que muito ainda há o que vencer até conseguires a maturidade de teus estados interiores.

Por isso, não te iludas com a pequenez do teu orgulho e de tua vaidade que te inflama diariamente com coisas belas e perfeitas que acreditas estar vivenciando.

Não te deixes enganar. Não te faças enganar.

Vai em busca do teu verdadeiro estado de harmonia e paz para depois, então, procurares o teu estado de honestidade.

Fique em paz.




Lutero
Imagens: google. com


A mente humana funciona assim:

A MENTE HUMANA

A mente humana pode ser dividida em três partes - (Somente para efeito de entendimento):

MENTE: CONSCIENTE
MENTE: INCONSCIENTE
MENTE: SUBCONSCIENTE

Mente Consciente

Somos nós funcionando em estado betha, ou seja, a 21 ciclos cerebrais, é a mente que escolhe.

A mente consciente está constantemente escolhendo e dando nome as coisas:
Por exemplo:

Isto é certo, isto é errado - certo e errado para quem?
Isto é branco, isto é preto.
Isto é doce, isto é amargo.

Isto é bonito, isto é feio - bonito e feio para quem?

Com isso, queremos demonstrar que os critérios adotados pela mente consciente são totalmente pessoais em alguns casos e em outros são padrões estabelecidos. Resumindo:

A única função da mente consciente é fazer escolhas pautadas nos nossos padrões de valores ou padrões de pensamentos.

Mente Inconsciente

É o nosso grande arquivo de memórias, tudo o que aconteceu, que está acontecendo e que vai acontecer durante a nossa imortalidade de existência, fica gravado no nosso inconsciente.

Todas as experiências de vida que tivemos podem ter ficado gravadas em nosso inconsciente de forma positiva ou negativa. Por exemplo:

Uma determinada pessoa sofre um acidente de automóvel há alguns anos atrás, esse acidente fica registrado no seu arquivo de memória como uma experiência traumática, e ela nunca mais dirigiu, por outro lado, se este mesmo fato, fica registrado em seu arquivo de memória como uma lição para que ela dirija com mais atenção, com certeza ela continuará dirigindo, porém, com mais cuidado.

A única função da mente inconsciente é registrar todas as nossas experiências de vida em suas diferentes dimensões.

Mente Subsconsciente

Antes de entrarmos diretamente no assunto, eu quero que vocês prestem atenção em um texto que trás a opinião de especialistas na área da mente humana.

"A todos aqueles que decidem enveredar pelo caminho do desenvolvimento, é falado sobre a necessidade de uma mudança interior que implica, não somente no afastamento dos hábitos nocivos, quanto à abertura de novos horizontes, para uma visão mais abrangente da vida.

Mas, ao mesmo tempo, é mostrada também a grande dificuldade que existe em se permitir que novos valores venham substituir os antigos conceitos ou hábitos que tanto dificultam a caminhada para o crescimento interior".

Mas, em que reside tanta dificuldade, tanta resistência ao novo?

O Dr. William Sadler, psiquiatra e membro da associação norte-americana de psiquiatria, diz que: nossos hábitos estabelecidos fazem caminhos literais através de nosso sistema nervoso e que a repetição dos mesmos pensamentos ou ação, forma sulcos mais e mais profundos, justamente como andar sempre no mesmo lugar em um gramado fará um sulco nele.

Saindo da membrana da célula nervosa, existem muitas fibras emissoras, que transmitem a mensagem às células vizinhas e, entre a fibra emissora de célula e a receptora de outra existe um pequeno espaço, chamado sinapse.

John Eccles, da Austrália, examinando estas sinapses, verificou minúsculos alargamentos na célula emissora, aos quais deu o nome de boutons. Notou também que muitas fibras emissoras tinham muitos boutons, enquanto outras tinham poucos, e constatou que as fibras emissoras de muitos boutons não exigiam tantos estímulos quanto as que tinham poucos boutons para que produzissem os elementos químicos necessários para mandar impulsos para a próxima célula.

Ele teorizou que os boutons poderiam ser reformulados quando a fibra emissora específica é repetidamente estimulada. Esses estímulos freqüentes poderiam formar mais boutons, fazendo assim muito mais fácil para as mensagens passarem pelo seu caminho específico.

Pesquisadores descobriram recentemente que isto é verdade.

Através de microscópio eletrônico, viram pequenas moléculas de proteína passando pelas fibras em forma de tubo, para a área da sinapse onde os boutons são formados.

Eles descobriram também que o estímulo repetido faz com que os boutons cresçam e se multipliquem.

Podemos concluir que qualquer pensamento ou ação que é freqüentemente repetida está realmente formando boutons no fim de algumas fibras nervosas, tornando mais fácil repetir o mesmo ato ou pensamento.

Este é o método como os hábitos são formados em nosso sistema nervoso.

A partir desta constatação, foi considerada a necessidade de que novos boutons sejam criados, formando uma nova rota, com maior número de boutons, que irá substituir a rota antiga.

Então, quando novos impulsos nervosos fluem através do cérebro, será mais fácil tomar a nova rota, com mais quantidade de boutons.

Quando decidimos não fazer algo errado, um elemento químico chamado gaba é secretado e age como um freio, inibindo a velha célula de reagir.

A resistência repetida à tentação de fazer o incorreto faz com que o gaba refreie a rota antiga, enquanto que novos boutons são formados, criando uma nova e propiciando a mudança de hábitos nocivos ou de pensamentos prejudiciais.

Hoje em dia, alguns psicoterapeutas já adotam métodos de acesso à mente inconsciente, através de hipnose ou de profundo relaxamento, para aplicar a técnica de imaginação guiada, com objetivo de formar novas rotas através das células nervosas e mesmo alguns tipos de aparelhos são usados para indução ao relaxamento profundo, como o biofeedback ou pienal trainer, desenvolvido por Paul Louis Laussac.

Pelo exposto acima, fica mais fácil compreendermos porque temos tanta dificuldade em mudarmos certos hábitos em nossa vida, ou mesmo em aceitarmos novas idéias.

As mudanças, geralmente, nos enchem de medo de insegurança e continuamos pela vida afora agarrados tenazmente a tudo o que nos foi ensinado, mesmo em prejuízo de nosso crescimento interno, sem sabermos que foi a repetição de uma idéia que criou uma rota em nossas células nervosas, um caminho para nossos pensamentos e que a repetição de uma nova idéia irá aos poucos anular o antigo caminho traçado e criar um novo e mais adequado à nossa felicidade e saúde.

O que é Subsconsciente

O subconsciente é a parte do nosso corpo mental responsável pela interiorização de nossas crenças ou padrões de pensamento, para melhor entendermos isso, vamos primeiro compreender o que é crença ou padrão de pensamento.

CRENÇA é tudo aquilo que validamos como verdadeiro para nossa vida, ou seja, tudo aquilo que damos poder, que consideramos como possível e realizável em nossa vida material. Por exemplo:

Se você acredita que amar é sofrer, todos os seus relacionamentos amorosos serão pautados no sofrimento.

Se você acredita que a vida é uma luta, o seu dia-a-dia será repleto de lutas, batalhas e conseqüentemente dificuldades.

Afinal de contas, desde quando amar é sinônimo da palavra sofrer? Ou, luta é sinônima da palavra vida?

Apenas na sua relação de crenças, que estão impressas na sua mente Subconsciente e como o subconsciente é o criador de nossa realidade exterior, você só poderá vivenciar realidades adequadas a essas crenças. Vale aqui, uma observação:

Não confunda crença ou padrão de pensamento com aquilo que você quer ou imagina que acredita.

O que você quer ou imagina que acredita, pertence ao rol da mente consciente e a crença ou padrão de pensamento está programada no seu subconsciente.

Nesse momento, para você compreender com clareza estes conceitos, você precisa abandonar o seu "achomêtro" e compreender claramente cada função da mente humana.
Aquilo que você acha, mantém você preso a antigas crenças, impedindo sem que você perceba que mudanças positivas aconteçam na sua mente mais profunda e pertencem as resistências da mente consciente.

Nosso subconsciente está repleto de crenças ou padrões de pensamento que criam a nossa realidade exterior.

No nosso atual estágio de evolução e entendimento essas crenças ainda estão vinculadas ao pior, dando muita atenção ao negativo, criando o ciclo vicioso da destruição. Por exemplo:

Eu acredito que a vida é uma luta, conseqüentemente eu materializo na minha realidade exterior uma vida de lutas, essa vida de lutas reforça minha crença de que minha vida é uma luta e assim consecutivamente.


Precisamos quebrar este ciclo, mas como fazê-lo?

O subconsciente é uma máquina gravadora. Eis a maior descoberta dos últimos 4000 anos. É uma máquina gravadora, que nos fará viver tudo aquilo que nela for gravado. O positivo e o negativo, o pior e o melhor. Assim, é vital a compreensão deste fato, para que possamos nela gravar somente aquilo que queremos e que nos interessa vivenciar. Nela, o homem grava com aquilo que tem de mais precioso - o pensamento. Nele reside a sede de todo nosso poder; e por enquanto a nossa responsabilidade em usá-lo bem, é E-N-O-R-M-E.

Como controlar a mente

Controle da mente
A mente mente
Você é sua cura
A força do pensamento

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=22310526&tid=2513938096024635390

O Poder do Pensamento

O HOMEM É aquilo que pensa durante o dia inteiro. "Assim como um homem pensa em seu coração, assim ele é." Tenha uma consideração saudável e um respeito integral por seus pensamentos. Sua saúde, felicidade, sucesso e paz de espírito são em grande parte determinados pela consciência do poder do pensamento. Já ouviu dizer que os pensamentos são coisas e se realizam por si mesmos. Seu pensamento é uma força definida. Quando formula o pensamento, está na verdade pondo em ação o seu poder latente.

Pense em coisas que sejam verdadeiras, admiráveis e Divinas, esteja absolutamente convencido da supremacia e autoridade do pensamento. Deve acreditar em seu próprio pensamento, não apenas como seu, mas como uma força por si mesmo; assim, tornará as suas orações eficazes.

A planta está na semente. O carvalho está na bolota. Você não dá vitalidade à semente; ela possui a sua própria matemática, mecânica e modo de expressão. Assim também o pensamento é a força; você não lhe confere força. Saiba disso e estará livre da tensão e ansiedade. Pensar com confiança no poder de seu pensamento é a ação de Deus em você e "Ele nunca falha".

Avance para a frente e para cima pelo reconhecimento da supremacia do Poder Espiritual e a autoridade de seu pensamento. É o caminho para se obter resultados maravilhosos. Esse conhecimento aumenta a sua fé, permitindo-lhe experimentar a alegria da prece atendida.



Mensagem de: Joseph Murphy
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A dor do carente

É muito comum as pessoas usarem o termo carência afetiva para definir o comportamento inadequado de alguém. Não deixa de ser uma atitude leviana, pois a carência afetiva é algo profundo, que faz sofrer e atrapalha tremendamente a vida de quem carrega essa marca da infância.

O ser humano é fruto da índole com que nasce - carga genética e natureza - e do meio ambiente - pessoas, local onde vive, educação, exemplos, atendimento de suas necessidades, orientação. Esses componentes contribuem radicalmente para a formação de seu caráter e sua personalidade e das descobertas que faz de si mesmo.

Desde que nasce até o dia em que morre, mas principalmente nos primeiros anos de vida, o homem precisa receber amor, afeto e carinho para que possa se desenvolver de maneira adequada, de acordo com sua realidade. Dessa forma, aprende a ter responsabilidade, respeito, disciplina, limite e garra. Torna-se capaz de lidar com as frustrações, com o medo, com a angústia e com as limitações. Depende, pois, desse aprendizado, a forma de a pessoa se posicionar perante a vida.

Se alguém na infância recebe na medida certa o amor, o carinho, o afeto, o apoio e - por que não? - também a bronca ponderada, mas sente-se valorizado, estimulado, elogiado, bem como corrigido, desenvolve-se de forma adequada. Se, pelo contrário, vive num ambiente desestruturado, em que não é ajudado a se desenvolver, a se descobrir, a participar, a se posicionar, sua personalidade fica esburacada. Um desses buracos é formado pela carência de afeto. Quando não o recebe na dosagem certa, a pessoa se ressente, carregando essa deficiência como um pesado fardo pela vida afora. Se não entender o porquê desse vazio interior que sente e não tentar superá-lo, será uma pessoa muito infeliz, porque sempre estará insatisfeita, por mais afeto que receba. Numa comparação bastante vulgar, sua vontade de comer será maior que a comida existente.

Estas pessoas são mal-amadas e não resolvidas consigo mesmas. Não gostam de si e se julgam incapazes de serem amadas, porque não foram satisfeitas quando crianças na área do amor e do afeto. A carência afetiva é "irmã gêmea" da rejeição. A pessoa sente-se rejeitada porque não recebeu amor. Não se sente amada porque, de certa forma, se encolhe, não acreditando e não confiando em si. Mas se não acredita em si, é porque não recebeu esse crédito. Resultado: sua vida é marcada pela revolta, pela apatia, pelo isolamento, pela agressão, pela fuga e pela tirania. E impossível avaliar os estragos que a carência afetiva ocasiona dentro da pessoa.

Essa forma de ser e agir faz sofrer em excesso quem é vítima desse mal, pois o afasta dos colegas de trabalho, dos amigos e da família. É que ele se torna tão egoísta e frio que não sabe transmitir afeto para os outros. Tem medo de mostrar seus sentimentos.

Quando alguém percebe que precisa muito de afeto, de carinho, e que não vive no presente, mas quer compensar o passado que não teve, não conseguindo superá-lo, tem de procurar ajuda. E um sinal claro de que a carência afetiva o está dominando e chegou o momento de sair de si, para administrar essa verdade que não quer aceitar.

Parece frio falar dessa forma, mas é possível aos que são mais equilibrados chegar à conclusão de que, se não foram amados na infância por determinadas pessoas, hoje podem ser amados por milhares de outras. Se não tiveram pais que os amaram da forma como necessitavam, podem ter um irmão, um filho, um amigo, alguém que os respeite, os admire. E por esse lado que se deve pender, a fim de superar e preencher um pouco esse vazio. A lacuna ficou, mas é possível remediá-la, colocando um novo amor, preenchendo a vida com o afeto pêlos outros e deixando-se amar. Isso é que lhe dará forças para vencer essa barreira. Quando a pessoa não se ama e não se sente, amada, dificilmente consegue superar seus limites. É possível compensar essa falta dando afeto, em vez de só querer recebê-lo.

Aquele que sente que seu comportamento não está natural, tem de procurar a causa disso. Já que a carência faz sofrer tanto, é preciso buscar soluções e jogar fora o negativo que impregnou sua vida. Deve-se eliminá-lo para poder ser feliz, sentir-se amado, contente, satisfeito, afetuoso, sensível, sem medo e sem ficar com aquele vazio no estômago eternamente. Se a pessoa sabe administrar bem seus sentimentos e faz uma experiência profunda de amor, consegue superar essa situação.

Carência afetiva é uma doença de caráter emocional que se esconde no íntimo do indivíduo, mas que pode ser curada com muito carinho e afeto.



Por: Maria Helena Brito Izzo
Fonte: Revista Família Cristã

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As dificuldades são necessárias

Filhos meus, filhos queridos, não se preocupem com as dificuldades que porventura surjam nos seus caminhos.

Elas, muitas vezes, são necessárias para burilar a sua conduta, o seu modo de ver as coisas.

É importante que vocês parem para pensar, para analisar tudo o que ocorre à sua volta, pois nem sempre tudo o que queremos ou que achamos certo, pode ser aceito sem prévia avaliação.

Meus filhos, quando os problemas da vida vierem lhes trazer preocupações maiores, procurem parar e recolher-se nos seus interiores.

Nesse momento, vocês sentirão uma calma, uma paz, como se num passe de mágica, todos os problemas fossem resolvidos.

Meditem, dêem um tempo para si e, só assim, poderão perceber que não precisam de muito para se encontrarem, para ficarem em paz consigo mesmos.



Autoria desconhecida
Fonte: http://www.cybermind.com.br/segrav/auto1.htm
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Aprenda com você

Perceba o que à sua volta se encerra.

Não dê entendimento ao que não deve ser entendido. Só aprenda o que tem que lhe ser ensinado.

Busque somente o valor das ações em que encontrares alguma luz.

Que brilho pode encerrar um diamante que não podemos tocar, que não nos pertence!

Que luz você poderá ver brilhar só para si, se as luzes não são para os indivíduos mas sim para a coletividade?

O que busca, que suas mãos não podem alcançar, ou seus olhos não podem ver?

Apreenda o que deve ser apreendido.

Abre os olhos para que a cegueira dos outros não o ceguem também.

Feche seus ouvidos para palavras que nada podem acrescentar ao seu espírito.

Deixe as misérias do mundo para o mundo.

Viva a sua miséria, e aprenda com ela, pois só ela o fará crescer, só ela lhe dará a chave para dela sair.

Aprenda somente com a sua existência. A dos outros, basta a eles.

A cada um, segundo suas obras.



Autoria desconhecida
http://www.cybermind.com.br/segrav/auto1.htm
Imagens: google. com


Como vencer a carência nos relacionamentos

OBSTÁCULO DIFÍCIL NOS RELACIONAMENTOS

O carente representa um obstáculo bastante difícil nos relacionamentos, cobra as pessoas com as quais se relaciona como se fossem responsáveis por sua carência. Não assume sua responsabilidade, adota o papel de vítima e acredita que a vida é um processo de sorte e azar.

É importante entender como a carência surge e como superá-la para que deixemos de ser carentes nos relacionamentos e quando encontrarmos pessoas nessa condição sabermos como lidar com as situações que surgem.

CONTRIBUIÇÃO DE ERMANCE DEFAUX

Ermance Defaux, no capítulo 15 de seu livro “Mereça ser feliz”, oferece importante contribuição.

Diz ela: “A carência é um estado íntimo de insatisfação que surge da privação de alguma necessidade pessoal cujo principal reflexo é o sentimento de infelicidade”.

“Na ótica afetiva é um processo de desnutrição que pode ter-se iniciado na infância e até mesmo em outras encarnações. Advém de desejos recalcados, expectativas não colimadas, frustrações não superadas...”.

“A maior carência humana é de afeto e carinho, sem os quais mais ninguém se sente humanizado. E não se sentir humanizado significa permitir a influência dos reflexos primitivos que açulam a ganância e a crueldade provenientes do instinto de conservação exacerbado.”

Ermance cita também várias situações que podem dar origem as carências.

“Uma delas pode ser encontrada na ausência de preparo para lidar com as perdas. Na Terra não se prepara a criança para lidar com a perda. A educação é quase toda destinada a fazer ‘campeões sociais’ vitoriosos em tudo. Pais frustrados tentam se realizar no sucesso de seus filhos, exigindo deles o que não conquistaram, tentando consertar erros e fracassos através da criação de um ‘super-herói’ dentro de casa”.

“Pela pressão dos responsáveis pela educação, as habilidades inatas são desconhecidas ou desconsideradas. Aqueles de psiquismo frágil que aspiram a ideais diferentes das imposições sucumbem em comportamentos desajustados no vício ou no desequilíbrio dos costumes como forma de encontrar alguma gratificação e prazer a título de compensação”.

“Crianças muito mimadas ou recompensadas excessivamente para cumprirem os seus deveres querem tudo o que desejarem na vida adulta, inclusive o afeto alheio, e para isso mascaram-se de mil modos no jogo das aparências como se estivessem em uma disputa da qual jamais admitem sair perdedores”.

“Outras carências surgem como ilusões da vida moderna estimuladas pela mídia e pelos costumes...”.

“As matrizes profundas da carência podem ser encontradas no subconsciente. É o vício milenar de exigir e esperar ser amado sem disposição altruísta suficiente para amar. Resulta de uma construção lenta e gradual com bases no egoísmo”.

“O carente, em verdade, é um doente que deseja ardentemente amar sem conseguir. Não conseguindo, passa a exigir ser amado, criando relações complicadas e frágeis; é alguém à míngua de amor, um constante cultivador da esperança de ser compensado”.

“A carência surge quando desconectamos o mundo dos sentimentos daquilo que realmente preenche e gratifica, priorizando o falso conceito de realização estipulado pela sociedade”.

Cabe destacar pela importância a afirmação de Ermance:

“Nada na criação foi criado com carências, tudo de fato foi criado para pulsar para fora.”

PULSAR PARA FORA

Para uma trajetória adequada com a carência podemos partir de uma situação em que haja a dependência e busquemos fora como suprir nossas necessidades emocionais e afetivas, porém é necessário que entendamos que nós mesmos somos os supridores de nossas carências.

Por nossa educação e através de considerações encontradas nas religiões, fica a impressão que as pessoas só podem se realizar na medida em que recebam dos outros o atendimento das carências. Numa parte de nossa vida é razoável que seja assim, pois se tomarmos a fase infantil a criança não tem como suprir suas necessidades materiais e tampouco ela entenderia como é que poderia lidar com suas carências emocionais e sentimentais. É justo que possamos oferecer o melhor em favor das criaturas que estejam nesta condição. Entretanto, a educação da criança – e mesmo do adulto - deve permitir perceber que a trajetória correta é aquela que vai levá-los da dependência para a independência.

Quanto às carências materiais, não existe dificuldade para se perceber que a qualificação para o trabalho é a forma mais comum para que a autossuficiência seja alcançada. A busca de habilidades profissionais deve ser acompanhada por interesse permanente de aperfeiçoamento para acompanhar as novas possibilidades oferecidas pelo desenvolvimento do conhecimento.

No tocante às nossas carências emocionais e sentimentais, ainda está muito presente a visão que ao nos unir às pessoas elas irão suprir as nossas necessidades de sermos amados e considerados. Isto é ficar na condição de dependência, mas há a possibilidade de conquistar a independência tanto em relação aos recursos materiais e também atender as necessidades emocionais e sentimentais. Para isso é necessário considerar que fomos criados para pulsar para fora.

Isto está inteiramente de acordo com o ensinamento que diz que devemos “amar o próximo” que é doação por nossas ações, palavras e pensamentos.

Pela “lei da semeadura” vamos compreender que a colheita para atender às carências de natureza emocional e sentimental vai se concretizar através da semeadura.

As carências desaparecem pela colheita obtida pela semeadura que é o “pulsar para fora”, não se cobra mais dos outros esse resultado.

UM PEQUENO EXEMPLO

Um pequeno exemplo que permite pensarmos um pouco sobre como suprir nossas carências.

Ao realizar uma tarefa em casa ou no local de trabalho é muito comum ouvir das pessoas que o seu empenho não é reconhecido nem valorizado. Ficam decepcionadas e aborrecidas pela ausência de consideração. Esperam receber de fora o que deve ser encontrado no interior.

Agir da melhor forma possível é atender ao ensinamento que sugere fazer ao outro aquilo que se quer para si mesmo. Isso é fazer o bem, fonte permanente de satisfação interior. A consideração e valorização por aquilo que é feito nunca faltarão para aquele que pratica a “lei de ouro”. A busca exterior leva a frustrações, pois o reconhecimento pode não acontecer.

Será mais provável o reconhecimento externo quando a satisfação é percebida naquele que faz. Criaturas desse tipo irradiam satisfação e não se dedicam a cobrar o reconhecimento dos outros.

AGRADAR OS OUTROS

Quando prevalece a imposição de agradar os outros, fica mais difícil a valorização interior daquilo que é feito. Muitas vezes há constrangimento para fazer o que não se quer ou coisas cuja finalidade ou importância não é compreendida.

As pessoas são portadoras de vocações e tendências que podem favorecer a trajetória de vida, mas quando surgem as expectativas de familiares e outros é possível que forcem a realização de seus desejos sem respeitarem as potencialidades naturais. Esse desvio quando acatado é para agradar os outros mesmo que provoque desconforto interior, são os chamados “sacrifícios”.

A MELHOR OPÇÃO

O amar a si mesmo, contido no mandamento de amar o próximo, permite cogitar que aquilo que fazemos deve fortalecer nossa autoestima e não necessariamente agradar os outros pelo acolhimento de seus desejos. A autoestima é base para o autoamor que, por sua vez, traz a qualificação para amar o próximo. Fazer o bem segundo o princípio da “Lei de ouro” de fazer aos outros o que queremos para nós é a melhor opção.

Fazer o bem é a boa semeadura que tem como principal resultado a nossa felicidade. Não somos responsáveis e nem capazes de assegurar a felicidade dos outros. Podemos, é certo, amparar e auxiliar as pessoas quando em condição de dependência ainda não superada, sem, contudo, promover a permanência desse estado. Mais do que o auxílio é importante o esforço, para que as pessoas se libertem da dependência e alcancem a independência.

A INTERINDEPENDÊNCIA

No relacionamento entre pessoas independentes é possível a convivência harmoniosa como interindependentes. Todos fazendo aos outros aquilo que querem para si mesmos sem vinculação de dependência. Interindependência é a convivência entre pessoas independentes.

Interindependente é independente com reciprocidade.


Vencer a carência pelo “pulsar interno” é um passo fantástico para nos habilitarmos de uma maneira competente nos relacionamentos.



Por Leonardo Kursis

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Carência Emocional

Todos nós somos mais ou menos carentes e, dependendo do nível de consciência de cada um, uns bancam mais suas próprias carências e outros nem tanto. O fato é que, necessariamente, as pessoas não suprirão nossas carências. O mundo o trata como você se trata, essa é a lei vibracional da atração.

Carente emocional é aquela pessoa que necessita de apoio, direção e estímulo dos outros e, por conta disso, tende a ter uma fala chorosa, reclama muito e é solicitante em excesso. É, também, uma pessoa crítica até certo ponto e dá a entender que os outros deveriam fazer isso ou aquilo para que ela possa se sentir bem. Na maioria das vezes são pessoas pegajosas, que precisam ficar tocando, abraçando, pondo a mão em que está ao redor para conseguirem se sentir, pois uma vez que não têm pontos de referência internos, não conseguem se sentir por si mesmas.

Às vezes são bem ciumentas, querem a amizade e a companhia do outro só para si, não sabendo dividir.

Dicas:

O fato de você não atender às expectativas de alguém não significa que você está errado, significa apenas que não atendeu às expectativas.

O fato de alguém ser chato ou agressivo com você não significa que você seja uma coisa ruim ou um erro da natureza. Pode ser que o outro esteja de mau humor.

O antídoto para o carente afetivo é amor, muito amor mesmo, de si para si, auto-aceitação, compreensão e perdão.

As pessoas lhe darão somente o que sabem, querem e podem e somente você sabe do que precisa e quanto precisa.

Se apenas você sabe a medida, que tal colocar a mão na massa e agir em prol de si mesmo? Uma coisa é certa: o ruim e o desconforto já estão aí.

Dependa de si mesmo, faça por si mesmo, reconheça seu poder e seus potenciais e ação, começando, assim, a elevar sua auto-estima. Aja pelo coração.

Lembre-se: É muito importante que você entenda e desfaça o esquema emocional que gerou essas conclusões fatais e depreciadoras, porque essa linha de pensamentos é desrespeitosa, ruim e desconfortável e gerará tristeza e angústia em seu peito – sentimentos que aparecem justamente para informá-lo de que você está em uma linha de pensamento ou postura inadequada, sem nenhuma validade real.




Por: Lourdes Possatto
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Insegurança / Fragilidade

Não existem pessoas inseguras. As pessoas geram sua própria insegurança quando não se apóiam naquilo que sentem e tentam adivinhar o que o outro ou a situação espera delas. A insegurança resulta de segurar-se em algo ou alguém. Agir pelo conceito de “adequado”, de “acordo com os conceitos tradicionais” e não fazer a ponte do “adequado” com seu interior gera, automaticamente, a insegurança. Falta de autoconfiança é justamente acreditar que não pode ou não deve confiar no que sente. A verdadeira auto-segurança é quando você se segura no que sente, em sua vontade verdadeira e em suas capacidades reais, respeitando seus limites reais.

Dicas:

Ficar no aqui e agora para poder ouvir sua vontade verdadeira, para poder sentir-se. Confiar no seu sentir. Você sempre terá sensações que informam como você se sente. Certo é o que faz bem, errado é o que faz mal. Assim os conceitos de bem e mal são relativos a cada um.

Perceber seu maior poder que é o livre-arbítrio. Você sempre pode optar por aquilo que sente, aquilo que é mais gostoso ou confortável.

Não ter medo de errar. O que chama de erro, nada mais é do que uma experiência que não teve o resultado esperado, mas que lhe conferiu aprendizagem que poderá ser aproveitada na próxima tentativa.

Lembre-se: A sensação de insegurança só quer lembrar-lhe o quão desconectado você está de seu sentir verdadeiro e, com isso, o quanto não está se segurando e se apoiando naquilo que sente. O poder é uma energia. Ou está com você ou está fora de você. A posse do seu poder gera auto-segurança e autoconfiança.



Por: Loudes Possatto
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O não pro outro é o seu sim



"Toda vez que você diz sim, querendo dizer não, morre um pedacinho de você".

"Quando você diz não para o outro, você diz sim pra você".




Albert Einstein

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Seja um idiota

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de relacionamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. (…)

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir… Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente…
…antes que a cortina se feche!




Por: Arnaldo Jabor

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não me venha com metade

"Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.

Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.

Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar....

Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.

Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.

Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."


(M. de Queiroz)

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Combinados de almas



"... Os encontros mais importantes ja foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam..."



Paulo Coelho
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As Perdas Podem Influenciar no Processo de Saudade

Saudade, palavra paradoxal e de muitos significados. Encanta, desencanta e se manifesta através de sentimentos como a tristeza, angústia, solidão e até mesmo a alegria. Ela está presente em nosso dia-a-dia, nas lembranças do tempo passado, das pessoas que amamos e dos lugares de onde viemos e por onde passamos. Ela é poesia, música e canção, e está inserida nos momentos de dor e felicidade do ser humano. Para uns, é uma palavra triste, para outros é apenas um sentimento que faz parte do nosso processo de crescimento. A saudade traz dissabores, mas resgata em nossa memória alegrias já esquecidas. Para entender a saudade, é preciso refletir sobre as várias perdas que sofremos em toda nossa vida e que começam a partir do próprio nascimento.

Perdas Inevitáveis

Segundo a pesquisadora norte-americana Judith Viorst, autora do livro "Perdas Necessárias", as perdas que temos durante nossas vidas não são apenas pela morte das pessoas queridas. Elas incluem, além das separações e partidas daqueles que amamos, a perda consciente ou inconsciente de nossos sonhos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança e a perda do nosso próprio "eu" jovem. E essas perdas, diz a pesquisadora, são "universais, inevitáveis e inexoráveis, porque para crescer temos de perder, abandonar e desistir". Todas as nossas perdas estão relacionadas com a "Perda Original, que é a conexão mãe-filho, que pode ter reflexos no decorrer de toda nossa vida. Se as separações não forem bem resolvidas, ressalta, "elas podem deixar cicatrizes emocionais no cérebro, porque atacam a conexão humana essencial: o elo mãe-filho que nos ensina que somos dignos de ser amados. Não podemos nos tornar seres humanos completos sem o apoio dessa primeira ligação".

Estudos mostram que as perdas na primeira infância nos tornam mais sensíveis e vulneráveis às perdas que sofreremos mais tarde. "Assim ao longo da vida, nossa resposta à perda de uma pessoa da família, a um divórcio, à perda de um emprego, podem ser causas de depressão grave - a resposta daquela criança desamparada, desesperançada e zangada", ressalta a pesquisadora.

De acordo com alguns filósofos, a morte é a perda mais aterradora, aquela que acompanha o ser humano desde a infância, quando se descobre o inevitável. À tristeza profunda pela morte, especialmente a repentina e prematura, somam-se outros sentimentos como a culpa e o inconformismo. Não há respostas fáceis para conviver com as perdas provocadas pela morte, mas segundo os especialistas, não se deve ignorá-la, sufocar as lágrimas, nem abafar o luto.

O envelhecimento é também uma das mudanças mais difíceis para o ser humano. Aceitar as perdas provocadas pela idade, requer uma avaliação do passado, que envolve os aspectos positivos e negativos de toda nossa vivência, e ao mesmo tempo, há de se considerar os desejos e as possibilidades para o futuro. É nesta fase, segundo a pesquisadora Judith Viorst, que a preocupação com a morte e a destruição estão mais presentes, e o homem tem a sensação mais profunda da própria mortalidade e da morte iminente dos outros.

A capacidade de mudar e crescer na velhice está ligada a própria história de cada pessoa. Mas, a chegada da terceira idade pode dar origem a novas forças e novas aptidões não acessíveis nos outros estágios.

A Dor do Amor

A dor da saudade, os encontros e desencontros da vida afetiva sempre estiveram demonstrados nas canções e poemas do nosso cotidiano. As perdas são universais e constantes, e sempre nos ensinam a alcançar a maturidade e o equilíbrio psicológico.

A saudade decorrente de uma grande perda pode nos levar a desequilíbrios emocionais irrecuperáveis. No amor, muitas pessoas se tornam totalmente incapazes para estabelecer um vínculo afetivo por medo de amar e sofrer grandes desilusões. Outros, com medo da solidão preferem manter relacionamentos opressivos .

O amor é uma fonte de grandes prazeres, mas também de muitas dores em todas as idades. Quando as coisas estão bem, as pessoas se sentem em estado de êxtase e harmonia, mas quando o amor se encaminha na direção da dor e do sofrimento, nos sentimos totalmente abandonados e desamparados.

Segundo alguns psicanalistas, o fim de um casamento pode ser uma perda maior do que a morte de um dos cônjuges. O sofrimento, a saudade, o desespero podem ter a mesma intensidade, bem como a sensação de abandono.

É preciso ser perseverante para superar não só as perdas por amor, como todas as outras que ocorrem durante toda a nossa vida. As dores existirão tanto para os que não as suportam, como para os que as aceitam e as toleram. A vida é marcada por repetições e continuidade, mas é também aberta a mudanças, e para crescer, deve-se renunciar a muitos projetos, pois não se pode amar profundamente alguém ou alguma coisa sem se tornar vulnerável às perdas.



Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3780&ReturnCatID=1712
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Amar, perder, abandonar, desistir

Quando pensamos em perda, pensamos na morte das pessoas que amamos, em abandonar e ser abandonado, separações e partidas. Perda é muito mais do que isso, inclui a perda do consciente e inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade, fim da juventude.

“Essas perdas são parte da vida – universais, inevitáveis, inexoráveis. E essas perdas são necessárias porque para evoluir temos de perder, abandonar e desistir.”, afirma a autora, Judith Viorst. A obra aborda o elo vital entre nossas perdas e ganhos, as coisas das quais desistimos para podermos crescer.

A autora acredita que durante a vida abrimos mão de alguns do nossos mais profundos vínculos com outras pessoas, que precisamos enfrentar os sonhos que sonhamos, bem como nossos relacionamentos mais íntimos e, por mais inteligentes que sejamos, temos que perder. Judith Viorst dividiu o livro em quatro partes:

- “O Eu Separado” – neste capítulo, a autora aborda perdas relativas ao contato com a mãe, e as transformações e conseqüências que esse fato pode gerar;

- “O Proibido e o Impossível” – parte do livro dedicada aos romances impossíveis, sexo, sexualidade, responsabilidades de adultos e o sentimento de culpa com ações que aparentemente são proibidas;

- “Conexões Imperfeitas” – aborda as perdas ligadas à renúncia dos sonhos ou dos relacionamentos ideais, a favor das realidades humanas adquiridas com o passar do tempo;

- “Amar, Perder, Abandonar, Desistir” – neste último capítulo, foi focada a segunda metade da vida, a perda final e a desistência.


Autoria desconhecida
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Porque choramos?

O choro pode ter vários significados diferentes: alegria ou dor, vitória ou derrota, heroísmo ou fraqueza. Tudo depende da cultura, da época e do sexo de quem derrama as lágrimas

De tempos em tempos, os índios tupi-guaranis, que habitam o centro-sul do Brasil, deixam a aldeia onde estão estabelecidos e seguem para o leste, em busca da Terra sem Males – um lugar onde, segundo a tradição, não existe morte. Conta um relato antropológico da primeira década do século XX que, certa vez, um dos índios mais velhos da tribo desatou a chorar e não parou mais. Ele havia sonhado que o grupo devia abandonar imediatamente a aldeia. A emoção do velho com a proximidade da partida fez com que todos se comovessem e chorassem juntos. A choradeira, de horas a fio, teve conotação de despedida, mas também foi sinal de solidariedade e integração do grupo.

Do ponto de vista fisiológico, as lágrimas comovidas dos tupi-guaranis são praticamente as mesmas que você derrama quando está cortando uma cebola e fica com os olhos irritados. Elas não passam de gotinhas produzidas pela glândula lacrimal e formadas por três camadas: uma película de gordura, mais externa, envolvendo o recheio de água, que fica sobre um filete de muco. São assim também as lágrimas lubrificantes ou basais, que servem para umedecer, nutrir e limpar a córnea, fabricadas numa média de 1 ou 2 microlitros por minuto (1 microlitro equivale a 1 litro dividido por um milhão). Mas há alguma diferença entre as lágrimas com função lubrificante, as que surgem como reflexo a um cisco, e as lágrimas emocionais, como as derramadas pelos índios?

Sim, há. O que mais intriga os cientistas em nossos dias é justamente esse terceiro tipo, exclusivo dos seres humanos: as lágrimas que são vertidas quando choramos para expressar algum sentimento. Ao contrário das basais e das reflexas, que têm um propósito bem definido, tais lágrimas não trazem nenhum benefício especial para a córnea ou para a superfície ocular. “Por que, então, o olho, motivado por uma emoção qualquer, produz uma secreção?”, pergunta o oftalmologista espanhol Juan Murube Del Castillo, da Universidade de Alcalá, em Madri. A hipótese mais plausível, segundo ele, é que o choro tenha surgido antes da linguagem falada, como uma expressão mímica para comunicar dor.

“O homem já havia esgotado os recursos faciais – como movimentos musculares de levantar a sobrancelha ou de morder os lábios – para revelar estados anímicos de curiosidade, surpresa ou medo, por exemplo”, diz Murube. “Precisava escolher uma nova expressão no rosto para dizer ao outro que sentia dor. As lágrimas foram a melhor escolha.”

Em busca das razões biológicas que provocam as lágrimas emocionais, Murube tem estudado, desde 1992, episódios de choro de estudantes de medicina, na tentativa de encontrar um ponto em comum entre os estados emocionais que desencadeiam o pranto. Até hoje, cerca de 400 estudantes, de ambos os sexos e com idade entre 23 e 30 anos, já responderam a um questionário semanal sobre quando, onde e por que choravam. Nesses questionários, os jovens relataram a via da informação que os fez chorar (por exemplo, a briga com o namorado ou determinada música no rádio), as manifestações de cada episódio (olhos úmidos, soluços, nó na garganta, lágrimas copiosas etc.), a duração do pranto, horário e dia da semana em que choraram, e assim por diante.

Depois de analisar mais de 1 100 episódios de choro, Murube chegou a algumas conclusões surpreendentes. A média de choro emocional entre os jovens universitários foi de aproximadamente três vezes por semana para as garotas e duas vezes para os rapazes. (Sim, eles choram! Mesmo que seja às escondidas.) Chora-se mais às sextas-feiras e aos sábados, porque são os dias em que as relações interpessoais se intensificam. A choradeira também é mais comum à noite, quando as pessoas saem do trabalho, encontram a família, vêem os namorados e mergulham em sua vida pessoal.

Segundo Murube, as lágrimas emocionais podem ser identificadas, em linhas gerais, como “pedidos de ajuda” (dor física, medo, raiva, humilhação, solidão, tristeza) ou como “oferecimentos de ajuda” (solidariedade, entrega religiosa, amor passional, amor humanitário, lembranças sentimentais, alegria). “O choro de pedido de ajuda pode ter surgido entre os seres humanos há uns 50 000 anos, simultaneamente ao aparecimento da linguagem falada e à necessidade de expressar conceitos abstratos”, diz Murube. Milênios mais tarde, apareceu o choro de doação de ajuda, que requeria estados psíquicos mais evoluídos e, sobretudo, empatia – a faculdade mental e emocional de se colocar no lugar do outro.

“As lágrimas são um poderoso instrumento de comunicação com os demais”, afirma Murube. “Mesmo quando chora sozinho, você quer dizer alguma coisa: sua necessidade de atenção ou sua disponibilidade para partilhar.” Do choro do recém-nascido ao pranto no leito de morte, as lágrimas funcionam como palavras – que podem ser sinceras ou estratégicas, copiosas ou escassas. As pessoas que reprimem o próprio choro perdem um importante canal de diálogo.

O uso das lágrimas para a comunicação aparece nos primórdios da infância. O bebê chora para chamar a atenção dos pais e mostrar a eles suas necessidades físicas. “Trata-se de um artifício típico da espécie humana, cujos filhotes, dependentes, exigem atenção e cuidados durante um bom tempo. Por isso, o choro precisa ser agudo e intenso para funcionar como um bom sinalizador”, diz o etólogo César Ades, da Universidade de São Paulo. O choro também permite que sejam criados laços de apego entre o bebê e seus protetores. Conforme cresce, a criança percebe que, com as lágrimas, pode controlar determinadas situações – ter os pais mais próximos, por exemplo, ou ganhar uma atenção especial.

Mas o choro dos bebês não encontra receptividade em todas as culturas. Entre os tiv, tribo africana do norte da Nigéria, pais e babás desencorajam o choro das crianças rindo delas, tapando suas bocas e apertando suas narinas. Numa tribo na Terra do Fogo, sul da Argentina, os adultos gritam nos ouvidos dos bebês quando os pequenos ameaçam chorar. Para essas crianças, as lágrimas adquirem um sentido totalmente distinto do nosso. “As emoções estão intimamente relacionadas a um contexto cultural”, diz o antropólogo Guillermo Ruben, da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo. “O ser humano é culturalmente treinado para deixar que os sentimentos aflorem, diante dos outros, em momentos considerados apropriados para isso.” Chorar em velórios, por exemplo, não só é aceitável como também desejável.

As manifestações afetivas, como o choro, são também marcadas pelo momento histórico. Aos homens, na Grécia antiga, era permitido chorar – mas, entre as mulheres, tal gesto não era bem-visto. A expressão dos sentimentos, para os gregos, era uma atitude masculina. No século XVIII, na França, tanto os homens quanto as mulheres podiam derramar lágrimas em público, diante da leitura dos primeiros romances modernos (a leitura, na época, era uma experiência coletiva, feita na presença de cinco ou mais pessoas). Hoje em dia, especialmente em países de cultura latina como o Brasil, os garotos aprendem desde cedo que “homem não chora” e que “chorar é sinônimo de fraqueza”. Lágrimas em público? Só em ocasiões especiais.

“O choro é uma experiência humana imprecisa e variada”, afirma o historiador da cultura Elias Thomé Saliba, da Universidade de São Paulo. “As manifestações afetivas por meio das lágrimas não são constantes, mas mutáveis, historicamente nômades e culturalmente inventadas.” Um rápido passeio pela história dos costumes mostra como o papel do choro mudou no decorrer do tempo. No período medieval, muitos dos hábitos cotidianos eram realizados em público, sem qualquer constrangimento – entre eles, dar gargalhadas e chorar. “Mas, no começo da época moderna, no Ocidente, tem início um processo civilizador e de disciplinamento desses hábitos”, diz Elias.

Com o refinamento das maneiras – o chamado “pudor” –, atos rotineiros passaram para a discrição do âmbito privado. As lágrimas, então, ficaram restritas à intimidade de cada um. Esse autocontrole coletivo talvez tenha alcançado maior êxito no século XIX, na era vitoriana. Nada de verter lágrimas publicamente. Até os gestos ficam mais contidos. “Veja o caso das carpideiras, as choradeiras profissionais”, diz Elias. “Elas atuavam quase como substitutas das elites aristocráticas, para quem não era de bom tom chorar em público, mesmo que no enterro de um filho.”

No século XX, num contrafluxo às repressões vitorianas, ganhou força o processo de liberação das emoções em público. As fronteiras entre as esferas pública e privada acabaram ficando mais difusas. Carpideiras continuam existindo – mais pelo aspecto folclórico e tradicional do que propriamente por uma exigência social. Mas o ato de chorar voltou das sombras. Em muitas sociedades, trata-se de um gesto masculino. Nos países islâmicos, o homem chora diante dos demais, enquanto a mulher se aparta para verter suas lágrimas. Guerreiros de algumas tribos indígenas também podem chorar e ser carinhosos publicamente sem qualquer questionamento da sua masculinidade. Mas, em boa parte da cultura ocidental, o choro ganhou conotação feminina. Virou “coisa de mulher”.

Contam as histórias de bastidores que, em 1939, durante as filmagens de E o Vento Levou, o americano Clark Gable se opôs fortemente a chorar diante das câmeras. Tal situação de fragilidade poderia manchar sua imagem viril. Para os homens mexicanos, assim como para os brasileiros, até hoje não pega bem cair em prantos – mesmo depois de uma desilusão amorosa daquelas. Buscam, então, apoio nos mariachis, cantores de melodias melodramáticas, que estão para os homens apaixonados como as carpideiras estão para os enterros. “Os mexicanos costumam, então, se embebedar e se juntar aos mariachis – não propriamente para chorar, mas para cantar canções de lamento”, diz o antropólogo Guillermo Ruben. (Alguém se lembrou dos machões brasileiros e da sua relação com a música sertaneja?)

“Estudar as diferentes culturas e suas manifestações é a melhor maneira de compreender o que significa chorar”, afirma o professor Tom Lutz, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. “As razões pelas quais as pessoas choram, o momento considerado apropriado para o choro, o que representa – para um homem ou para uma mulher – verter lágrimas em público, tudo isso muda.” Na tentativa de entender o complexo e admirável mundo das lágrimas, Lutz fez um passeio pelo universo das representações artísticas e culturais do choro. A aventura resultou no livro Crying – A Natural and Cultural History of Tears (Chorar – Uma história natural e cultural das lágrimas, ainda inédito em português). E encontrou histórias curiosas que, se não dissolvem o mistério do ato de chorar, ao menos reforçam seu caráter fluido e mutável.

“Em 1972, Edmund Muskie, um dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, derramou algumas lágrimas”, diz Tom Lutz. “Naquela época, isso foi considerado sinal de fraqueza e ele acabou renunciando à corrida presidencial mais cedo.” Vinte anos mais tarde, o presidente Bill Clinton chorava publicamente nos momentos apropriados e havia um senso geral, especialmente entre as eleitoras, de que isso era algo bom. “Como o significado social das lágrimas muda ao longo do tempo, elas passaram de politicamente desastrosas para vantajosas”, afirma.

A partir de textos históricos e literários, Lutz identifica diversos tipos de lágrimas emocionais, de acordo com o significado que assumem em contextos diversos. Existem as lágrimas de heroísmo e de consideração – quando Rolando, o guerreiro mais famoso da França medieval, morreu, conta-se que mais de 20 000 cavaleiros choraram tão profusamente que muitos desmaiaram e caíram do próprio cavalo. Há muito tempo as lágrimas têm sido associadas à santidade. Existe também a conotação de penitência, em que o choro funciona como meio de redenção. Os evangelhos contam a história da mulher pecadora que lavou os pés de Jesus Cristo com suas lágrimas. Em outro momento, falam do arrependimento de Pedro, que negou três vezes conhecer Cristo e, depois disso, chorou amargamente, rompendo em soluços.

Existe também o choro de frustração – como as lágrimas coletivas dos milhares de brasileiros que viram a Seleção perder para o Uruguai, em pleno Maracanã, na Copa do Mundo de 1950. Aliás, em competições, como os jogos olímpicos ou o campeonato mundial de futebol, o choro ganha diferentes significados. A busca por resultados e pela superação de limites, a pressão exercida pelas equipes e as emoções extremadas inevitavelmente levam às lágrimas. Existem os choros de tristeza diante da impossibilidade da vitória. Há as lágrimas de alegria, depois de uma conquista difícil, e de alívio, quando os resultados esperados são atingidos. E, depois da disputa pelo primeiríssimo lugar, sempre aparece o choro dos vencedores – dos vencedores que ganharam e daqueles que perderam pela diferença de milésimos de segundo ou de um gol aos 44 minutos do segundo tempo.

Estímulos para derramar lágrimas não faltam. Desde os primórdios do teatro, dramaturgos e diretores usam as lágrimas cênicas para emocionar a platéia. Muitas vezes, o público vai ao cinema ou aluga um DVD na expectativa de chorar com o filme a que vai assistir – como ocorria com as peças de Jean Racine, dramaturgo francês do século XVII, e com os romances melosos dos idos de 1800. Existem certas técnicas, usadas na elaboração de roteiros de cinema, que ajudam a emocionar os espectadores: a morte súbita de um personagem, um acidente com uma criança ou uma doença inesperada, por exemplo. Tom Lutz cita o caso de Titanic, de James Cameron, filme assistido por milhões de pessoas no mundo todo. Adolescentes entrevistados depois da sessão confessavam que, mesmo já tendo visto o filme várias vezes antes, voltavam para o cinema simplesmente para chorar. “É ótimo chorar, porque isso torna o filme bem mais agradável”, disse uma garota citada por Lutz.

Mas, afinal, chorar faz bem? “Certamente faz”, diz o psicólogo transpessoal Roberto Ziemer, de São Paulo. “Diversos problemas psicossomáticos e também episódios de depressão têm sua origem na repressão do choro. As lágrimas ajudam a pessoa não só a expressar suas necessidades, mas também a preenchê-las.” Chorar funciona como uma descarga física e emocional. O filósofo romano Sêneca já tinha escrito: “As lágrimas aliviam a alma”. E um antigo provérbio hindu afirma que chorar faz bem para a aparência (depois que o inchaço dos olhos passar, obviamente). Ou seja, chorar traz benefícios para o corpo, para a alma e para o humor.

De acordo com Tom Lutz, a maioria das pesquisas atuais sugere que, ao contrário do que se pensa, o pranto não acontece num momento de clímax emocional para desafogar a tensão. As lágrimas aparecem, na verdade, quando o organismo está se restabelecendo da profusão de emoções. Trata-se de uma reação pós-crise, de um mecanismo natural de cura. “Um bom choro vale mais que doses de tranqüilizantes”, diz Guillermo Ruben. Portanto, luz verde para as lágrimas. Da próxima vez que sentir emoções fortes, abra as comportas sem culpa.

A Super agradece ao ator Mateus Nachtergaele, premiado com o Grande Prêmio Cinema Brasil por sua interpretação em O Auto da Compadecida, que nos deu a honra de atuar no ensaio fotográfico que ilustra esta matéria.


Por Maria Fernanda Vomero
http://super.abril.com.br/cotidiano/choramos-443091.shtml

Imagens: google.com

"As vezes a gente chora, não porque somos fracos, mas porque passamos muito tempo sendo fortes"



Autoria desconhecida
Imagens: google.com


Nada é impossível de mudar

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.


Por: Bertold Brecht

Imagens: google.com

Auto-correção

Quem está familiarizado com os ensinamentos dos Mestres Ascensionados da Grande Fraternidade Branca sabe muito bem que a mensagem principal desses ensinamentos, quase sempre é sobre AUTO-CORREÇÃO, porque SEM AUTO-CORREÇÃO NÃO HÁ EVOLUÇÃO ESPIRITUAL.

Quem prega a indulgência ao ego, a entrega aos prazeres mundanos, o Oba-Oba, o vale-tudo-pode-tudo em nome de uma interpretação ego-ística do que seja o amor são as forças sinistras que sussuram no mental inferior das pessoas dizendo: isto é um ultraje, uma discriminação, onde já viu dizer que nós não podemos agir assim ou assado, quem são esses mestres ou esses mensageiros para nos dizer que tal comportamento é errado e assim por diante.

Esta é a voz externa, daquele que não está interessado na evolução da alma, daquele que se compraz em se sentir ofendido, discriminado, numa auto-indulgência e auto-piedade sem fim.

Mas aquele que sabe calar a voz do ego e procura ouvir a voz do seu próprio Coração Ser Crístico, do seu próprio Mental Superior e procura refletir e meditar sobre o que os Mestres querem que ele reflita, este sim é um verdadeiro estudante da Luz.

Desde já esclareço que vocês podem ou não concordar comigo, não faz nenhuma diferença, apenas peço a cada um que primeiramente eliminem a discriminação contra os ensinamentos dos Mestres Ascensos de seus próprios corações e depois então meditem e reflitam sobre as palavras do Amado Mestre Jesus: "Quem tem ouvidos (ou seja, quem sabe calar o ego e deixar o Santo Ser Crístico ouvir) que ouça".

E sobre as palavras do nosso Amado Mestre Saint Germain:
"Advirto-vos, amados estudantes: podeis encolerizar-vos, duvidar, temer e rebelar-vos tanto quanto vos aprouver no que diz respeito à vossa auto-correção, mas esta é a porta aberta para a vossa poderosa Iluminação e Libertação de todas as limitações no mundo externo de atividade".


(do livro de Ouro de Saint Germain - Discurso IV - Ponte p/a Liberdade - e também do livro: "Discursos de AYAM" - Vahali-Brasil).

Somos LUZ.

"Seja por um sentimento de pretenso orgulho ou por qualquer outro motivo, os humanos não querem encarar a Verdade de que a causa está dentro deles mesmos.

O hábito de culpardes sempre o outro companheiro por aquilo que vos acontece, é que vos torna cegos à verdade e impede a Auto-correção."

"O fator principal para o seu progresso é a Auto-correção, e não há pessoa, lugar, condição ou coisa a culpar pelo que eles entretêm, a não ser a si próprios. Isto é o que há de mais imperativo para o seu progresso futuro.

Por estarem os estudantes caminhando a passsos largos dentro do Auto-controle, torno a falar, para que sejam suficientemente encorajados, sobre a necessidade cada vez maior da plena aceitação dessas poderosas Leis da Vida, e sua boa vontade em aplicar o poderoso chicote da Auto-correção.

Digo-vos francamente e falo por experiência, que a atividade externa a que nós denominamos humano, tem que ser esfolada, com toda a firmeza, antes de ser submetida ao domínio do Comando Divino".


(Texto extraído do livro: "Discursos de AYAM" -Vahali-Brasil e "Livro de Ouro de Saint Germain" - Ponte para a Liberdade).

"A auto-correção e o domínio das forças que se acham ao alcance da consciência humana, não constituem trabalho de um momento, nem caminho de prazer, indolência ou gratificação de si próprio, porque os sentidos se rebelam dentro do ser humano comum e ele se revolta furiosamente contra o freio imposto à sua natureza inferior, freio esse imperioso desde que o estudante tencione governar devidamente tais forças dentro de si, especialmente seus sentimentos, para que possam ser utilizados e atuar somente sob o domínio consciênte de sua Mente Divina".



(Texto extraído do livro:"Mistérios Desvelados" de Vahali-Brasil e também da Ponte p/a Liberdade).

Somos LUZ.

“A disposição de corrigir um erro, retificar um engano, equilibrar e purificar uma criação malévola, abrirá sempre o caminho para um Mestre Excelso dar assistência e proporcionar aquisição permanente".




Mensagem de: St Germain
Do livro Presença Mágica