domingo, 30 de outubro de 2011

Saber se consultar

É fato: somos seres interdependentes. Afinal, estamos invariavelmente ligados uns aos outros, ao ambiente e a todos os seres vivos. No entanto, não podemos confundir este estado interdependente com o de manter-se dependente.

Somos dependentes quando estamos sujeitos aos comando alheios sem que tenhamos a liberdade de nos consultar quanto as nossas escolhas, desejos e necessidades. Mas, para tanto, precisamos primeiro reconhece-los!

O problema é que em geral passamos tempo demais nos adequando aos outros socialmente que nem percebemos que nossos sentimentos genuínos muitas vezes não são expressos coerentemente.

Por exemplo, quando dizemos o que não sentimos, concordamos quando ainda estamos em dúvida ou nos calamos quando temos muita necessidade de falar, perdemos a capacidade de validar nossas emoções a partir de quem somos verdadeiramente. Como resultado, facilmente nos sentimos insuficientes seja para atender as demandas alheias, seja para nos sentir em paz internamente.

Saber se consultar de modo honesto é a base de todo bom relacionamento. Acolher a si mesmo, é um treino de autossustentação. A honestidade gera um senso de realidade no qual criamos um referencial seguro para comunicarmos o que de fato estamos sentindo. Agrade ou não ao outro escutar o que temos a dizer.

Na medida em que praticamos tal honestidade, tornamo-nos autênticos, ganhamos força de expressão e autoridade em nossos posicionamentos. Saber dizer a nós mesmos: "Eu de mim sei" é um modo de despertarmos a autoconsciência. Na medida em que aprendemos a nos consultar não ultrapassamos mais nossos limites cedendo às imposições alheias.

Cabe ressaltar, que saber de si não significa nos apegarmos a uma ideia fixa sobre nós mesmos, mas, sim, não ter medo de nos consultar . Quando cultivamos um estado de honestidade e abertura para conosco temos a coragem de sentir até mesmo o que não sabemos denominar.

Saber se consultar é desobrigar-se da necessidade de saber de si o tempo todo. Uma vez que sabemos que podemos nos consultar, não precisamos mais nos garantir incessantemente.

O ponto é que quanto melhor reconhecermos nossas próprias emoções, menos nos sujeitamos cegamente às vontades alheias. Em outras palavras, quanto mais conhecemos nossos recursos e fragilidades, menos atribuímos ao outro a responsabilidade de cuidar deles.

Por exemplo, uma coisa é reconhecermos nossa dependência em relação a alguém e nos sentirmos imobilizados, sem saída, outra coisa é nos sintonizarmos com nossa vulnerabilidade e fazermos algo a respeito dela.

Emoções desagradáveis, como a de sentir o medo de ser abandonado por quem nos consideramos dependentes indicam que ainda temos algo a saber sobre nós mesmos que ainda não exploramos. Conhecer melhor a própria vulnerabilidade já é em si um modo de se fortalecer. Lembro-me do cão de minha filha quando subiu uma escada pivotante pela primeira vez. Todo seu corpo tremia de insegurança. Momentos mais tarde vimos ele "treinando" sozinho subir e descer a escada! Sua mente não temia suas vulnerabilidades...

Outra questão importante é não confundir o ato de se consultar internamente com o de desconectar-se dos outros. Consultar nossas bases não quer dizer evitar o outro, a ponto de sentir: "Não preciso de ninguém". Mas, sim, de saber estabelecer limites saudáveis no quais podemos nos dizer com clareza: "Eu sou eu, você é você".

Ser dependente é contar com os outros "trabalhando" por nós, assumindo nossas responsabilidades. Enquanto que, ser demasiadamente independente é preferir ficar sem satisfazer nossos desejos, como o de estar com o outro, em prol de sentir-se vulnerável diante dele. Neste sentido, buscamos uma certa autonomia emocional como um modo de evitar entrar em contato com a sensação de carência que surge ao se relacionar com o outro.

Assim como escreve John Welwood em seu livro Em busca de uma psicologia do despertar (Ed Rocco, RJ, 2003, p.262): "O paradoxo do relacionamento é que ele nos obriga a sermos nós mesmos, expressando-nos sem hesitação e assumindo uma posição. Ao mesmo tempo, exige que abandonemos todas as posições fixas, bem como nosso apego a elas. O desapego em um relacionamento não significa que não tenhamos necessidades ou que não prestemos atenção a elas. Se ignoramos ou negamos nossas necessidades, cortamos uma parte importante de nós mesmos e teremos menos a oferecer ao parceiro. O desapego em seu melhor sentido significa não se identificar com as carências nem com as preferências e aversões. Reconhecemos sua existência, mas permanecemos em contato como nosso eu maior, onde as necessidades não nos dominam. A partir desta perspectiva, podemos escolher afirmar nosso desejo ou abandoná-lo, de acordo com as necessidades do momento".

Não é fácil assumir a responsabilidade por nosso próprio destino, assim como é doloroso manter-se dependente.

De maneira geral, existem dois tipos de pais: aqueles que estimulam as crianças a se tornarem "pequenos adultos" transmitindo-as a mensagem subliminar "Seja autônomo, apressa-te a crescer" e aqueles que retardam seu crescimento educando-as a se sujeitar e se submeter a vontade deles: "Enquanto você fizer o que eu digo poderá contar com a minha proteção". Ambas opções deixam suas marcas. Cabe a cada um reconhece-las e fazer algo por si para transforma-las.

Neste sentido, quanto mais assumirmos o controle da resolução de nossos próprios problemas e com sábia abertura receber o apoio necessário, mais desenvolvemos a motivação interna necessária para nos tornarmos adultos confiantes e participativos.



Palavras de: Bel Cesar
Imagens: google.com


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Crenças estabelecidas se perpetuam

Toda crença uma vez estabelecida, tem como função única e exclusiva se perpetuar.

Ao longo do tempo, deixamos de ser crianças o nos tornamos adultos, mas seguimos com uma série de crenças positivas e negativas com relação ao mundo, e a si próprio. Crenças são formas pensamento que acreditamos com fé serem verdadeiras. E, dificilmente percebemos que nossas crenças, estão determinando o que sentimos, pensamos e materializamos.

A boa notícia é que essas crenças podem ser reprogramadas através da prática diária de mantras. Na verdade o MANTRA irá despertar, no inconsciente, a capacidade da transformação, da superação, da cura. Segundo a definição do dicionário Aurélio, mantra significa: "instrumento para conduzir o pensamento".

A Oração do Perdão é um mantra, usado para eliminar as toxinas emocionais que estão em nosso coração, mas principalmente em nossos pulmões (má-água) e impedem nossa maturidade, nossa expansão do InspirAr - ExpirAr. Esta oração foi ensinada pela filosofia HUNA (indonésios), há mais de 5.000 anos.

Ore diariamente, após o banho ou antes de dormir. Jamais durma com o corpo físico sujo e sem alimentar o espírito. Programe diariamente o seu sono para conectar-se com sabedorias e consciências de luz, que lhe ajudem na compreensão, na auto-libertação, na cura.

Uma vez recebi a chave do perdão: COMPREENDER. Não precisamos ficar amigos, mas somente compreender e se libertar. Assim, buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.

Oração do Perdão

A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias. Perdôo, sinceramente, quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.

Perdôo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada. Reconheço, que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.

Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.

Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos. Iniciei agora, uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente: queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.

Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.

Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir, do nível humano comum ao nível espiritualizado em que estou agora.

Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei da causa e efeito, nesta vida ou em outras futuras. Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.

Fazer uma pausa, respirar profundamente alguma vezes, para acúmulo de energia.

Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente e inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei. Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.

Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam, que este contato foi estabelecido.

Agora dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.

Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o meu bem e do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto realização. Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.

Assim seja, assim é e assim será.

Esta oração é ideal para ser praticada juntamente com a prática diária da Alimentação Desintoxicante.



Por: Conceição Trucom - do livro: Alimentação Desintoxicante - Editora Alaúde. Recomenda-se a sua leitura na íntegra, o que possibilitará a prática desta filosofia de vida com consciência e responsabilidade.
Imagens: google.com


Os quatro gigantes da alma

Na alma dos seres humanos existem quatro gigantes que acompanham a evolução. Três destes colocam obstáculos, e apenas UMA abre as portas.

Os TRES gigantes dos problemas são:

MEDO - IRA - DEVER


MEDO

É um gigante enraizado profundamente, que se alimenta da necessidade de preservar a vida ante o perigo, mas que se alia com a imaginação e cria neuroses que são capazes de paralizar completamente a vida de uma pessoa.

IRA

É um gigante destrutivo, que se alimenta da reação normal de uma pessoa ante o MEDO, mas por ser normalmente abafado e recalcado acaba criando o ódio, que é uma raiva em conserva, podendo consumir alguém por dentro até matá-la.

DEVER

É um gigante que entulha o caminho das pessoas com muitas obrigações, podendo esmagá-las com tantas destas que acaba produzindo tédio e imobilidade...

Quem poderia abrir todas as portas é o gigante AMOR, mas raramente alguém o utiliza, porque amar não é algo que acontece do dia para a noite, mas uma dimensão que resulta do esforço para abrir o coração e entregar ao mundo o que haja de melhor na alma de quem assim se atrever a viver.

Eu quero que a cada amanhecer você tenha sempre o atrevimento não apenas de viver mais um dia, e sim de viver feliz o seu dia, fazendo dele um dia cheio de significado!

Procurando agradar ao Senhor, como somente as pessoas especiais sabem fazer, e para mim você é... MUITO ESPECIAL!



Autoria desconhecida
Recebido por e-mail
Imagens: google.com


Trabalhe sua perfeição

Qualquer pessoa pode pensar perfeição a todo instante, depende apenas de querer; e ela não emprega mais substancia e energia para experimentar e construir formas belas e perfeitas do que para construir formas imperfeitas.

Se porém o indivíduo deseja que essa perfeição seja expressa em seu próprio mundo, ele deve empregar sua própria energia para pronunciar a sentença que desprenderá essa Perfeição para ele. Tal é a Lei do seu Ser e nada pode muda-la!



Mensagem de: St Germain
Do livro Presença Mágica
Imagens: google.com


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Muitas flores pra você


Muitas flores para você!


Pela paz que você semeia
Pelas verdades que você diz
Pela alegria que você transmite



Pela justiça que você defende
Pela beleza que só você tem
Pela doce simplicidade do seus gestos



Pelo seu abraço carinhoso
Pelo brilho do seu olhar
Pela sabedoria que guia os seus atos



Pelo amor que dedicas ás pessoas, ás plantas e aos animais
Pela sua constante busca da felicidade
E por conseguir encontrar nessa busca a felicidade



Por ser parte de uma familia tão especial
Pela sua sensibilidade
Por tudo o que você é,



Todas essas flores,
são para você!
E quem as enviou, ainda acha que são poucas,
porque você tem o dom de transformar



a vida dos que se aproximam de você…
No mais belo jardim florido!




Autoria: desconhecida (Recebido por email)
Imagens: google.com


Dê liberdade a quem você ama

Seres humanos são como pássaros: precisam de liberdade! Então, livre-se do sentimento de posse e aprenda a amar sem esperar nada em troca.

Eu entendo que é difícil lidar com a partida de uma pessoa querida. Dói encarar uma relação desfeita ou a separação de um filho.

De repente, sem que a gente queira, algo acontece e uma pessoa se afasta. E nós não aceitamos, porque sustentamos a ilusão de que aquela fonte de afeto é nossa, e que aquilo ficará ali para sempre. Mas a vida leva essa pessoa embora, sinalizando que essa pessoa não é sua. Você percebe, aliás, que ela nunca lhe pertenceu.

Agora eu pergunto: será que a vida não está mostrando que chegou a hora de você ser sua própria fonte? Sem querer, nós nos agarramos a terceiros. Vamos largar esse sentimento de posse! Se você souber amar, se dando e não esperando nada em troca, será mais feliz. Quando não existe apego, você fica livre para amar quem quiser, com a intensidade que puder, e sem ter medo do sofrimento, da perda e ou das mudanças que podem acontecer.

Quando amamos com grandeza, não sofremos. E sabemos que o amor é só nosso. Você não tem um filho: só tem o amor por ele. Ninguém tem marido ou esposa — apenas se tem amor por eles. Só assim podemos usufruir desses sentimentos com segurança. Porque as características e necessidades dessas pessoas são únicas e podem mudar. Chega uma hora em que a vida e as reclamações interiores são mais fortes, e o destino acaba mudando.

Infelizmente, a vida nem sempre muda para o lado que a gente quer. Mas um fato é certo: ela muda sempre para melhor. Pena que a gente só descobre isso depois de muito tempo. Então, não deixe seu coração se acanhar e ficar pequeno. Encare a realidade, porque a vida tem um fluxo, e nós precisamos saber acompanhá-lo. Se negamos essa inteligência, nos enchemos de raiva, ódio e inconformismo. Nos tornamos pessoas desagradáveis, tristes e lastimosas.

Tudo na vida anda em ciclos: nós começamos, nos envolvemos e terminamos. E terminar é o começo de outro ciclo — porque nada pára, tudo se transforma. Esteja aberta e encha-se de boas vibrações. Se você puder aceitar isso, vai se sentir muito melhor! Agora, procure um local tranqüilo e mentalize o trecho abaixo. Esse exercício vai ajudar você a lidar com essas situações.

"Eu tenho o bem, e ele me influencia, me hipnotiza, me envolve. O bem me inspira os bons sentimentos, a compreensão de fatos que eu não entendia.Tenho, dentro de mim, o empenho de acertar. Tenho desapego. Agradeço a oportunidade desta vida, deste momento. A vida me dá a lucidez para perceber o que meu espírito quer. Quero desenvolver comigo uma relação forte e boa. Quero ter autoconfiança. Quero me dar força para continuar, para ser quem sou. Eu quero estar firme comigo. E sei que, a partir de então, tudo dará certo. Eu preciso me entrosar com meu espírito, porque ele me tem, me banca e me bancará.

Quero dizer que estou aberta para ver o que preciso ver. Sei que, para enxergar a verdade, tenho de ser corajosa. Não quero dar trabalho a mim. Não quero escolher o caminho mais difícil. Quero trabalhar o bem e fruir o prazer da vida. Sou da paz, da cooperação. Porque isso é uma opção. E é nesse clima que eu quero ficar, porque essa é a minha atitude".



Palavras de: Luiz Antônio Gasparetto
Imagens: google.com


Culpa a busca pela perfeição...

Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". A culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deveríamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.

Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas. A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como deveríamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em função da sua imagem ideal e este é um instrumento fenomenal para se fazer o jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o auto-castigo, a autopunição, a culpa.

Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!

A culpa sempre se esconde atrás da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo. Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma.

A culpa, longe de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em novas coisas, novas ações e novos comportamentos. Por isto mesmo, em todas as linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio.

Não existe nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos seus pacientes o sentimento de culpa. A culpa é um auto-desprezo, um auto-desrespeito pela natureza humana, por seus limites e pela sua fragilidade.

A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explícita, ou seja uma expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida. Por isto é que se diz que, ao nos sentirmos culpados, estamos alienados de nós mesmos, e a nossa recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas que ainda residem dentro de nós.

Mas aquilo que nos leva a esse sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença auto-destrutiva, são algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente, descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que cremos e que são errôneas, e nos levam a este sentimento. A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição.

Quem acredita que é possível ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado de que é possível não errar, que é possível viver sem cometer erros.

Quanto maior for a discrepância entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração. Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem fundamento real nas nossas necessidades.

Nos tornamos falsos, evitamos encarar de frente as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base na nossa capacidade. Construímos um inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deveríamos ser e não de como realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para manipular e impressionar os outros.

É muito comum, no relacionamento conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, num jogo mútuo de culpa. Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são humanas! Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.

Outra crença que nos leva à culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa. Quase todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de culpa, nos respondem taxativamente que vêm de seus erros. Acreditamos que a culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver erro sem haver culpa. Se acreditamos nisto, estamos num problema insolúvel.

Ou vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa - e isto é impossível porque sempre haverá erros em nossa vida - ou então passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa. A culpa não decorre do erro, mas da maneira como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro, vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a culpa; erros são erros, culpa é culpa.

São duas coisas distintas, separadas, e que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saída para o nosso sentimento de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.

O que é chamado erro é a saída fora de um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado num país e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição. Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro cometido. Não é possível não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluída a imperfeição. Só crescemos através do erro.

As pessoas confundem assumir o erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Mas quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutífera de acabar com a nossa culpa.

A propósito do erro, há um texto interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos. Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traído a mim mesmo.

O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Este é o texto.

Algumas pessoas nos perguntam: "Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saída para o sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: imaginemos por um instante que estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deveríamos ter feito e não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse processo íntimo de angústia e morrer tranquilos. Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra teria essa magia. A palavra é: Perdão.

O Perdão é uma palavra perdida em nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o sentimento de perdão, o sentimento de auto-perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferível.

O perdão aos outros é apenas um modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos.
Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que já não tem jeito; é o encontro corajoso e amoroso com a realidade.

Somente aqueles que desenvolveram a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia. A criança faz isto muito bem. O perdão é a própria aceitação da vida do jeito que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber perder o que já está perdido. O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuímos, que são nossas possibilidades neste momento.

Não podemos abraçar o presente, a vida, o passado e a morte ao mesmo tempo. O perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da auto-estima e da alegria de viver, é o agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é estarmos vivos, é estarmos presentes.

Para encerrar este tema, quero sugerir-lhes uma reflexão sobre este texto escrito por Frederick Pearls: "Que isto fique para o homem! Tentar ser algo que não é, ter idéias que não são atingíveis, ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de críticas, é abrir a senda infinita da tortura mental. Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Amigo, não tenha medo de erros, erros não são pecados, erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a coragem de dar algo de si".



Por: Antonio Roberto Soares
Imagens: google.com


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A mente funciona de acordo com as horas

Todo mundo sabe que o nosso pique para fazer as coisas varia dependendo do horário, mas não é apenas seu nível de energia que oscila ao longo de um dia. O cérebro também obedece a um ritmo próprio e se baseia em fatores genéticos, exposição à luz, sono e relógio biológico para dar mais energia ao corpo. Você pode ter melhores rendimentos no trabalho, relacionamentos e atividades físicas ao aprender mais sobre o ritmo do seu cérebro.

7h às 9h da manhã - Demonstrar afeto

O momento perfeito para se conectar com seu parceiro é no período da manhã, pois é quando os níveis de oxitocina, conhecido como "hormônio do amor", estão em grandes quantidades no cérebro. Portanto esse horário costuma ser bom para fazer demonstrações carinhosas aos parceiros e familiares.


9h às 11h - Momento criativo

Durante esse horário o cérebro já tem níveis moderados de cortisol, hormônio do estresse, que em grandes quantidades ajuda a manter o foco. Durante esse período faça tarefas que exijam análise e concentração, como desenvolver novas ideias, escrever uma apresentação ou criar solução para algum problema. De acordo com estudo da Universidade de Michigan, tanto estudantes quanto adultos aposentados têm raciocínio mais rápido na parte da manhã. Entretanto, os mais velhos apresentam uma queda de rapidez na parte da tarde.


11h à 14h - Tarefas difíceis

Nessa hora os níveis de melatonina, hormônio do sono, já se dissiparam do cérebro e, portanto, as tarefas e projetos mais complicados podem ser desenvolvidos. De acordo com pesquisadores alemães, é no meio do dia que as tarefas mais complicadas conseguem ser resolvidas, portanto deixe para esse período tarefas importantes como uma apresentação para um cliente ou chefe. A dica, entretanto, é completar uma tarefa de cada vez. Tentar conciliar vários afazeres ao mesmo tempo coloca exigências adicionais ao cérebro e isso faz com que a concentração diminuía, o que pode resultar em alguns deslizes.


14h à 15h - Hora de fazer uma pausa

Para digerir o almoço, o corpo desloca parte do sangue do cérebro para o estômago., De acordo com estudo feito em Harvard, até o ritmo circadiano do corpo que consiste no "relógio biológico" responsável por regular o sono, está baixo. Durante esse período mantenha-se longe do trabalho. O ideal é folhear uma revista ou meditar, mas se você não tiver como ficar uma hora afastado do trabalho, dê uma volta no quarteirão ou levante-se para pegar um café ou água. Movimentar-se ajuda o sangue a sair do estômago e começar a ir para a cabeça.


15h às 18h - Horário em que se está mais sociável

Durante esse período o cérebro já está fatigado, mas esse cansaço não está relacionado ao estresse. De acordo com cientistas da Universidade de Michigan, os níveis de cortisol, hormônio do estresse, diminuem nas mulheres na parte da tarde. Ainda que seu cérebro não esteja mais tão rápido quanto antes, você está mais extrovertido podendo planejar uma reunião mais informal.


18h às 20h - Horário em que se está mais sociável

Se você já tiver saído do trabalho, faça uma atividade que seja muito diferente dos seus afazeres profissionais, como algum exercício físico. Estudos mostram que as habilidades físicas são mais fortes à noite, mas, como a adrenalina pode interferir no sono, é bom praticar exercícios até as 18h para depois jantar e ter tempo para baixar os níveis de adrenalina até a hora de dormir .


20h às 22h - Hora de relaxar

Existe uma transição entre estar acordado e começar a ter sono, portanto durante esse período faça atividades relaxantes ou que não precisem exercitar muito o raciocínio, como assistir a uma comédia. Como o dia já está escuro, a serotonina, que é estimulada pela luz, passa a diminuir no cérebro, enquanto a melatonina, que regula o sono, aumenta para começar a preparar o corpo para dormir.


A partir das 22h - Hora de dormir

O cérebro precisa organizar tudo o que foi aprendido durante o dia e isso só ocorre durante o sono. A prioridade é ter uma noite completa de sono e descanso. Ajustar a iluminação do ambiente pode ajudar a mostrar ao corpo que está chegando a hora de dormir. Assegure-se de dormir de sete a nove horas para ter uma boa saúde e energia.



Fonte: http://fotos.noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/ritmo-do-cerebro_album.htm?abrefoto=2#fotoNav=1
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domingo, 23 de outubro de 2011

Ninguém salva ninguém

Ninguém salva ninguém. Se a pessoa não está pronta não adianta falar que não vai escutar. A pessoa precisa ganhar maturidade para aprender.

Devemos aprender a cuidar menos dos outros e mais de nós mesmos. É como uma pessoa que está se afogando, se você for tentar salvá-la vai acabar se afogando junto.

Por mais que doa ver alguém em situação ruim, a pessoa está onde se põe.

Cada um tem seu caminho e deve segui-lo, não adianta ficar tirando as pedras do caminho das outras pessoas que assim a pessoa jamais vai amadurecer e aprender a andar com suas próprias pernas.

E se você fizer isso você está se abandonando, abandonando seu próprio caminho. Assim você está parando sua evolução e o resultado disse será inevitavelmente doloroso.

No dia em que você conseguir finalmente ver a sua volta, ver a situação em que você se pôs pelos outros. O quanto você atrasou a sua vida e o quanto você tem que recuperar. Vai doer no fundo da sua alma.

Descer é fácil, difícil é você subir de volta, mesmo que seja para um nível superior que um dia você já habitou.

Você tem que passar de novo por tudo, e será tão difícil dessa vez assim como foi da primeira vez.

Voluntariar-se para ajudar na evolução de outra pessoa ou de outro planeta é tão arriscado que poucos realmente se dispõem a ir, pois a chance de voltar é mínima. E quando volta você nunca mais é o mesmo.

Aquela visão de que somente somos pessoas boas quando nos doamos inteiramente aos outros é equivocada e doentia.

A alta hierarquia espiritual não age assim, isso é coisa que o astral médio divulga na tentativa de colocar um pouco de perdão e amor nas zonas umbralinas das quais a Terra faz parte. Por isso, é chamado de planeta de provas e expiações, apesar de estarmos em luta para mudarmos de categoria, mas ainda falta muito para tal. Basta ver os noticiários do dia.

De qualquer forma, você só vai mudar o dia em que você mudar dentro de você. Isso vale também para as outras pessoas, portanto, somente banque o salvador de si mesmo. Pois é preciso maturidade para mudar, e isso é algo que se conquista, não há maneira de se dar maturidade para ninguém.



Palavras de: Aurora de Luz (Stum)
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Travessia

Quem elegeu a busca não pode recusar a travessia.

Por: Guimarães Rosa

Desejar o bem a uma pessoa,não é simplesmente estar por perto, mas sim, mesmo distante, torcer a cada segundo para que ela seja muito feliz!

E neste e em todos os momentos eu oro e torço para que a felicidade seja tua eterna companheira……….


Beijos de luz!

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Estamos todos no mesmo barco.

Dedicado à todos aqueles que abrem seus olhos no raiar do dia. Enfim, todos no mesmo barco.

Todos os dias começam sempre do mesmo jeito: despertador tocando, correria no banho e no café da manhã.

Sol, vento, chuva, frio, calor... Transporte lotado para o destino a ser alcançado.
Trânsito congestionado. Nosso trabalho começa e termina sem sabermos o que fizemos durante o dia inteiro. Navegamos todos no mesmo barco.

O regresso ao nosso recanto mágico, que é a nossa casa, é regado com as mesmas emoções, com os mesmos fenômenos naturais , com o mesmo transporte lotado e com o mesmo trânsito congestionado.

Por fim, pensamos ou externamos a alguém desconhecido que está ao nosso lado: "Esta é a vida!" - A referência do pensamento é o fardo instalado em nossas costas.

Nos esquecemos: Que este fardo foi escolhido por nós mesmos. Ninguém nos obrigou a carregá-lo. Nos esquecemos: De coisas simples como dar um sorriso, um bom dia, um boa tarde e um boa noite. Da cordialidade e da generosidade.

Estamos exacerbados, cansados, estressados e noto que, alguns já estão sem forças para continuar. Ei, você mesmo que está lendo esta mensagem:
Anime-se!
Acredite!
Você pode!
Você consegue!

Navegue até o final, mesmo que ainda faltem coisas a serem terminadas. Caso esteja desanimado: Lembre-se do primeiro dia de aula,de como você iniciou seus estudos, da ansiedade de ver o material, do cheiro do caderno novo, do olhar atento ao porfessor.
Lembre-se do primeiro dia de trabalho e toda a preparação para sair de casa.
Lembre-se de como arrumou o enxoval para o rebento que chega.
Lembre-se da satisfação de estar íntegro e dizer a você mesmo: EU CONSEGUI!


Essa deve ser a sua motivação!
Lembre-se: Estamos todos no mesmo barco.


Há um tempo certo

O Tempo Certo De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente.

Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: - Mas qual é esse tempo cert...o? Bom, basta observar os sinais.

Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, Pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso! E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas.


Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro , uma disponibilidade de crescimento e o coração puro.


Desconheço a autoria
Fonte: http://mensagensepoemas.uol.com.br/amor-evangelicas/tempo-certo-4.html
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Somos a consciência

Onde está a consciência, aí está o indivíduo funcionando, porque o indivíduo é a consciência.

Quando alguém pensa num ser amado que já morreu, na realidade esta com este ser amado em corpo mental superior, no momento em que o sentimento recai na outra pessoa.

Se o mundo ocidental pudesse compreender isto, deixaria de sofrer tanto e desnecessariamente.

Este sofrer é devido ao fato de que a personalidade aceita o corpo como sendo o indivíduo, em vez de compreender que o corpo é tão somente um vestido que o indivíduo usa.



Mensagem: St Germain
Do livro Presença Mágica
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Significado das unhas na metafísica


Unhas

Representam a proteção.
(Louise Hay)

Roer unhas

Frustração. Comendo a si mesmo. Despeito de um dos progenitores

O termo "agarrar com unhas e dentes" demonstra a disposição em usar a vitalidade, força e agressividade para conseguir um intento.



As unhas das mãos e dos pés desenvolveram-se a partir das garras, ou seja, são resquícios destas, e em conseqüência têm a ver com nossa herança agressiva e nossa origem. Como deixamos de utilizar as garras diretamente na luta diária pela vida, precisamos apará-las. Antigamente elas se desgastavam, como acontece com os animais de rapina. Quanto a isto, é igualmente uma atitude honesta e uma desilusão observar quem além de nós tem garras no mundo animal; o revestimento agressivo, tanto das unhas como das pessoas, fica claro.

Agora, em uma época que ao mesmo tempo combate a agressão e é extremamente agressiva, não é mais tão fácil manter as unhas perfeitas. Seja por serem atacadas por agentes estranhos tais como fungos ou amputadas de livre e espontânea vontade com os dentes, sobretudo pelas crianças, ou ainda por se tornarem quebradiças e lascarem com facilidade, elas sempre lançam uma luz sobre nossa maneira de lidar com a agressão. Em muitas culturas, seu comprimento é sinal do quanto a pessoa se manteve distante do indigno trabalho braçal diário. Ao mesmo tempo, esse costume deixa claro quanta agressividade é necessária para impor um tal estilo de vida e conservar o poder correspondente. Também entre nós, unhas bem cuidadas são um sinal de trabalho intelectual e de seu trato refinado com a agressividade.

Em nossa cultura, é principalmente o mundo das senhoras que exibe seus símbolos de agressão com orgulho, não poupando gastos em seu cuidado e colocando-os em evidência com cores brilhantes. O esmalte de unhas tornou-se um componente permanente da vida. Excepcionalmente, ele tem a cor da madrepérola, aquele material iridescente no qual diversos seres aquáticos se envolvem, e sinaliza que para seus proprietários a temática agressiva transformou-se em algo cintilante, precioso. O vermelho, escolhido de forma preponderante, é muito apropriado simbolicamente, pois se trata da cor do deus da guerra, Marte, e de sua rival e companheira, Vênus, a deusa do amor. A agressão e o amor unem-se em paixão nas longas unhas pintadas de vermelho, e as garras assim acentuadas sinalizam algo eroticamente sedutor que sempre é criado a partir dessas duas fontes. Não é de surpreender, já que Eros/Amor, o deus do erotismo, é filho de Vênus e Marte. Com as armas de guerra do pai, o arco e a flecha, ele instila o desejo da mãe, o amor, no coração dos homens.

Quando se pensa nas luzes do semáforo e no traseiro dos babuínos, o vermelho é também a clássica cor de aviso, que pode ser vista de longe. Unhas vermelhas chamam a atenção para si, para as qualidades sedutoras de seu proprietário, ou para o sangue que goteja de suas unhas. Finalmente, as unhas têm ainda um caráter saturnino, limitador, já que podem também sinalizar: "Até aqui, não prossiga."

Inflamação das unhas

Este sintoma, também chamado de panarício, pode surgir tanto nas unhas das mãos como dos pés. O leito da unha, o espaço onde ela cresce e se alimenta, está inflamado e com pus. A inflamação nessa região encarna um conflito em relação ao lar da agressão, ou seja, da vitalidade. De maneira semelhante ao que acontece na inflamação das gengivas (gengivite), o tema da confiança primordial está sendo aludido. As ferramentas da agressão, garras e dentes, precisam de um fundamento saudável para tornar-se agressivos de acordo com sua determinação. De maneira análoga, uma pessoa precisa da confiança primordial para poder dar expressão a sua agressão, sua vitalidade e sua energia.

Quando falta autoconfiança às crianças e, sobretudo, confiança nos pais, elas não se atrevem a ser agressivas. Aquilo que externamente parece uma louvável afeição é, muitas vezes, falta de confiança. Quando, ao contrário, elas se atrevem a algo que os pais de forma alguma valorizam, manifestam com isso confiança, pois podem contar com os pais mesmo quando dão vazão à sua agressividade, ou seja, sua vitalidade. Estar permanentemente grudado na barra da saia da mãe, ao contrário, deixa entrever medo e falta de confiança.

Quando ao conflito na base da agressão no leito da unha soma-se ainda roer as unhas, a situação torna-se mais clara ainda. A criança não se atreve a agarrar a vida e mostrar as garras. A válvula de escape para a energia vital não é suficiente e a criança, portanto, dirige sua agressividade contra si mesma e castra suas próprias ferramentas de agressão. Em vez de ficarem contentes pelo fato de as crianças não dirigirem suas mordidas contra eles, não é raro que os pais recorram a punições. Na tentativa de tirar o "vício" de seu filho, eles fazem com que o problema da agressão mergulhe ainda mais na sombra. É justamente a sinceridade do sintoma que enfurece os educadores. Agora todos podem ver como seu filho vive de forma contrária à vitalidade.

Algumas crianças levam essa situação tão longe que chegam a roer também as unhas dos pés. O que sua fome de agressão poderia deixar claro? Caso o sintoma perdure até a adolescência ou mesmo até a idade adulta, isso mostra a contínua carência de possibilidades de expressão para a própria vitalidade. Não é raro que o sintoma desapareça para voltar a emergir mais tarde com outra roupagem, por exemplo sob a forma de uma alergia.

Como as unhas freqüentemente são roídas quase até a base, as pontas dos dedos ficam desprotegidas e tendem a inflamar-se. O panarício típico, entretanto, afeta unhas intactas que repentinamente desenvolvem uma tendência para encravar. Elas perfuram a própria carne e, assim, declaram a guerra. Em geral, a situação não é tão crônica como quando se rói as unhas, inflamando-se em um conflito agudo. Ainda assim, há pessoas que sempre voltam a recorrer a este plano de conflitos em torno de sua confiança primordial.

Além da típica ferida no leito da unha, há outras maneiras que podem chegar até os ossos. Quando o periósteo, os ossos ou os tendões são afetados, a problemática anímica que sai à luz é correspondentemente mais profunda. Os agressores, no sentido físico, são na maioria dos casos estafilococos ou outras bactérias, no quadro de uma assim chamada infecção mista. Enquanto a pessoa se deixa inflamar por esses agentes, os temas propriamente causadores obtêm muito pouco espaço. De fato, uma pessoa que declara guerra a si mesma, ou seja, cujo sistema de armas ofensivas, por dentro e por baixo, está por assim dizer sendo colocado em questão em seu próprio pai, bem, essa pessoa mal poderia defender-se, quanto mais tomar por si mesma a decisão de atacar. A ferida costumeira no leito da unha pode fazer com que esta se solte e, com isso, indicar uma perda na disponibílidade para a defesa.

As garras postas temporariamente fora de combate apontam para a lição a ser aprendida: trazer a própria vitalidade e agressividade de volta para planos conscientes. A guerra em tomo do sistema de armas do corpo deveria ser travada em planos onde as soluções são possíveis. Nesse caso, as armas do espírito têm precedência sobre as armas do corpo. Até mesmo agarrar e arranhar conscientemente tem mais sentido que cultivar ulceras nas unhas.


Perguntas

1. Onde deveria mostrar minhas garras e não me atrevo? Onde eu inconscientemente guardo algo sob as unhas?
2. Até que medida meu medo me deixa indefeso diante da agressão?
3. Onde, em sentido figurado, sou vítima de minha agressão?
4. Onde poderia encontrar confiança em minha força e minha vitalidade?
5. Onde há possibilidades significativas para minha disponibilidade agressiva de defesa? Como minha fome poderia ser melhor aplacada?

"A Doença como Linguagem da Alma"
Rüdger Dahlke


Unhas

As unhas são cascos de proteção de nossos dedos e simbolizam aqueles que nos protegem (nossos pais). Pessoas que roem unhas estão, inconscientemente, querendo dizer que têm raiva de um dos pais. A rebeldia e a mágoa que guardam no coração é tão profunda que, mesmo após a morte dos protetores, esse sentimento continua registrado em seu subconsciente.

Normalmente se diz que pessoas que roem unhas são nervosas e estão sempre inquietas: é porque estão guardando ressentimentos profundos pela educação recebida e os transferem para seu consciente na forma de insatisfação, ansiedade, depressão e raiva de coisas insignificantes do seu dia-a-dia.

Escolha seu próprio caminho e decida segui-lo sem mágoas e sem ódio daqueles que o contrariaram, pois o mundo pertence a todos e cada um tem seu espaço reservado e protegido pela natureza. Descubra seu próprio espaço e veja que não existem motivos para tanta tensão e amargura. Ame-se e trate de ser feliz!

Unha Encravada

Simboliza tensão e excesso de preocupações com a própria individualidade e uma grande necessidade de segurança dentro do ambiente de atuação ou familiar. Indica alguém que não quer demonstrar fraqueza e sente raiva por não ser compreendido e que, apesar de fugir das emoções, perde-se nelas, deixando que cheguem a extremos (é o desequilíbrio).

Uma pessoa assim precisa sentir-se apoiada e fica nervosa quando os outros desconfiam de sua índole ou de suas verdadeiras intenções. Desconhecendo sua própria capacidade, torna-se indecisa... tem medo de errar e não confia nas pessoas.

Normalmente quem tem unha encravada tem um dos pais, ou alguém igualmente influente, que é superprotetor.
(...)
O medo secreto é uma constante nas pessoas com unhas encravadas que estão mostrando desta forma que precisam se “encolher” ou “fugir” para dentro de si mesmas com o intuito de evitar “invasões”.



Extraído de: A linguagem do corpo - (Cristina Cairo)
Imagens: google.com


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O fazer e o não-fazer

A mente é um mecanismo de imenso valor; não é um pecado ter uma bela mente. Você tem um belo instrumento de imensa complexidade, e é um prazer usá-lo, da mesma maneira que é um prazer dirigir um belo carro que tenha um mecanismo perfeito.

Nada existe como a mente, se você conseguir usá-la. Então, a mente também é divina. Mas se você for usado por ela, e se o seu céu ficar perdido nas nuvens da mente, então, você permanecerá na miséria, na ignorância.

O advento da mente acontece ao se ficar identificado com os conteúdos da consciência. É preciso apenas uma pequena mudança, um simples passo, e este passo faz a passagem. Este simples passo faz a passagem do mundo para Deus, do externo para o interno, do mundano para o sagrado. E qual é este simples passo? A não-identificação.

Permaneça uma testemunha. Lembre-se sempre de permanecer uma testemunha; saiba perfeitamente bem que, seja o que for que passe pela sua mente, você não é aquilo. Você não é esta coisa chamada mente. Uma vez que você se torna identificado com qualquer coisa da mente, você caiu numa armadilha, numa prisão. Daí, você pode seguir mudando e ajeitando esta coisa repetidas vezes, mas nada acontecerá.

Isso é o que as pessoas seguem fazendo: melhorando a si mesmas, criando um belo caráter, tornando-se mais santos e religiosos; mas a coisa básica ainda não foi feita. Elas estão simplesmente ajeitando as coisas da mente.

O verdadeiro sábio é aquele que se torna consciente de que ele não é a mente, definitivamente. A idéia de pecado surge e ele permanece indiferente; a idéia de se tornar um santo surge e ele permanece indiferente. Com nada ele se identifica, raiva ou compaixão, ódio ou amor, bom ou ruim.

Ele permanece sem julgamento, ele não condena coisa alguma em sua mente. Se você é apenas uma testemunha, qual é o sentido em condenar alguma coisa? E ele não elogia nada em sua mente. Se você é apenas uma testemunha, elogio é simplesmente fútil. Ele permanece tranqüilo, recolhido e centrado. Enquanto a mente continua esbravejando ao seu redor.

Por milhares de anos você tem permanecido identificado com a mente, tem despejado muita energia nela. Ela segue girando e girando, por meses e anos. Mas se você conseguir permanecer um observador silencioso, um observador na colina, então pouco a pouco a energia, o momentum, é perdido e a mente chega a parar.

No dia em que a mente parar, você chegou. A primeira visão do que é Deus e de quem é você acontece imediatamente, porque uma vez que a mente pára, toda a sua energia que tinha permanecido envolvida com ela, é liberada. E essa energia é tremenda, é infinita: ela começa a descer em você. É uma grande bênção, é graça.

Os chamados revolucionários seguem fracassando porque eles continuam tentando dar um jeito nas mesmas coisas da mente. Alguém acredita em Deus e daí aparece um revolucionário que diz, 'Não há Deus algum e eu não acredito em Deus'. Mas ele é tão fanático com suas idéias como as pessoas que acreditam em Deus.

Crente e descrentes, ambos são fanáticos. Uns se apegam ao sim e outros se apegam ao não, mas sim e não, ambos são partes da mente. Você escolhe uma parte e um outro alguém escolhe a outra parte. Um é cristão e o outro é hindu, mas ambos são mentes. Um escolheu a Bíblia e o outro escolheu os Vedas, mas ambos são partes da mente.

Então, quem é realmente religioso? Aquele que não fez escolhas a partir da mente. Você não pode chamá-lo cristão, nem hindu, nem comunista; você não pode chamá-lo teísta nem ateu. Ele simplesmente é. Ele é indefinível. Você não consegue rotulá-lo. Ser é tão vasto que não pode ser rotulado. Nenhuma palavra é adequada o suficiente para descrever o ser. Em tal vastidão, a liberdade; em tal vastidão, a felicidade.

Esta é a verdadeira revolução: pular da mente para o ser. E o processo será o mesmo. Se o fazer é o processo da queda do ser para o ter, então, o não-fazer será o processo de voltar para casa.

Meditação não é algo que você faça; meditação é algo que acontece quando você não está fazendo coisa alguma. Você pode sentar-se, aparentemente imóvel, aparentemente nada fazendo, mas no fundo a mente pode continuar. É assim que acontece nos mosteiros e nas cavernas. Você pode não ter muito o que fazer, mas você pode continuar fazendo algumas poucas coisas repetidas vezes. Você pode seguir repetindo um mantra: isso será o suficiente para a mente. Ela seguirá fazendo o mesmo ato novamente, repetindo a mesma fita cassete por anos, e ela não morrerá.

Três iogues estão sentados numa caverna meditando. Um cavalo se aproxima, olha para dentro e vai embora. Alguns anos se passam e um dos iogues diz 'Um cavalo esteve aqui'.

Mais alguns anos se passam e um outro diz, 'Não, era uma égua'. Depois de mais alguns anos, o terceiro diz, 'Se for começar uma discussão, eu vou-me embora'.

Nada havia acontecido por muitos anos, quando um cavalo apareceu e deu uma olhada dentro da caverna, mas isto foi o suficiente para mantê-lo ocupado pelos anos seguintes.

Isto é o bastante, a mente pode viver, mesmo com essas poucas coisas. É preciso ficar alerta: a questão não é se você está envolvido em muitos trabalhos ou se você está apenas fazendo umas poucas coisas. Esta não é uma questão de quantidade. A questão é de qualidade.

Você pode ser muito rico, você pode ser um rei, ter muitas posses e ter que permanecer envolvido em mil e uma coisas. Daí, você pode renunciar ao reinado e a todas as suas posses, tornar-se um mendigo e viver num barraco. Isto não fará diferença alguma, em absoluto. Para quem está do lado de fora, para os espectadores, parecerá que ocorreu uma grande revolução: o imperador tornou-se um mendigo, ele fez uma grande renúncia. Mas nada aconteceu internamente.

Primeiro você estava envolvido com os afazeres do reinado, agora você está envolvido com os afazeres do pequeno barraco. Apenas a quantidade foi reduzida, mas a qualidade de sua consciência nunca muda com a redução da quantidade. O homem pobre está preocupado com seu carro de boi e o homem rico está preocupado com sua carruagem dourada. Mas a preocupação é a mesma; a preocupação é da mesma qualidade. O homem pobre preocupa-se com a comida do amanhã e o rei preocupa-se com o país vizinho; o objeto da preocupação é diferente, mas o processo da preocupação é o mesmo.

A questão é, como mudar o seu foco, da mente para o ser. O fazer trouxe-o para o mundo, o fazer é a escada que o trouxe para o mundo; o não-fazer será a escada... E o não-fazer não é inatividade. Este ponto tem que ser bem compreendido.

O não-fazer não é inatividade, ele não é inação. A ação está ali, porque ação é vida.

Se a ação desaparecer completamente, você estará morto. Mesmo respirar é uma ação; comer, digerir, dormir, tudo são atividades. Viver é estar ativo. Então o que é não-fazer, se não é inatividade? Se você entender o não-fazer como inatividade, você não terá entendido coisa alguma. Daí, a inatividade irá se tornar a sua ocupação.
Você estará constantemente ocupado em não fazer isto, não fazer aquilo. O seu processo se tornará negativo, mas ele ainda será um fazer: 'eu não posso fazer isto, eu não posso fazer aquilo'. Agora você está preocupado. A mesma tensão estará ali: 'eu não posso comer isto, eu não posso comer aquilo, eu não posso usar esta roupa, eu não posso usar aquela.' Agora você está se tornando negativo, mas o processo, o ego, ainda está ali; a mente ainda está ali. Ela está ali ao lado, mas é a mesma mente.

O não-fazer é algo que nada tem a ver com ação, mas tem muito a ver com o ego, com a idéia de ego. O fazedor é o ego. É preciso tornar-se um não-fazedor. Aí, Deus é o fazedor e, você relaxa, você não força o rio e não cria agonia para si mesmo ao ir contra a correnteza.

Agonia vem da raiz 'ag'. 'Ag' significa empurrar. Quanto mais você empurra o rio, mais agonia é criada. E enquanto você está empurrando o rio, você está certamente tentando nadar contra a correnteza. Você está indo contra a natureza, contra o Tao, contra Deus.

O não-fazedor é aquele que relaxou com o rio, que está flutuando no rio, fluindo com o rio, aquele que se tornou parte do rio, que não pensa em si separadamente, aquele que não tem um destino individual.

Esse é o significado de não-fazer. O destino do todo é o seu destino. 'Para onde o todo estiver indo, eu estou indo também; para qualquer destino ou não-destino. Para onde esta bela existência estiver se movendo, eu sou parte dela. Eu sou uma onda neste grande lago, simplesmente uma pequena onda. Eu não preciso ter um destino individual.'

A partir do destino individual é que surge o medo, a angústia e a agonia. A partir do destino individual, 'eu tenho que fazer algo, eu tenho que ser alguém, eu tenho que atingir algum lugar', que a mente é criada. Fazer significa: 'eu tenho alguma idéia de como eu devo ser, do que eu devo ser'. O não-fazer significa: ' abandonei todas as idéias do meu ser separado da existência'.

Não-separação é não-fazer. A ação continua, mas ela não é mais a sua ação. Agora ela é natural. Se uma cobra passa por uma trilha, você saiu para uma caminhada matinal e vê a cobra passando, você simplesmente dá um salto para fora do caminho da cobra. Não é que você tenha feito aquilo, a ação aconteceu, mas ela é natural.

Você não pensa a respeito dela, você não pondera sobre ela. Você não estava de prontidão para aquela ação; você talvez não tenha cruzado com uma cobra antes em sua vida. Você não treinou para fazer aquilo, aquilo não era uma programação em sua mente. Você simplesmente respondeu. Em forma de uma cobra, ali estava a morte. E você respondeu, imediatamente, instantaneamente. A mente nem chegou ali, porque a mente necessita de tempo para ponderar, para pensar, para contemplar. E não havia tempo, a morte estava tão perto; você simplesmente deu um salto.

Sentado debaixo de uma árvore, depois que a cobra passou, você pode pensar sobre ela, agora você tem tempo suficiente para pensar.

Mas naquele momento, naquele exato momento, quando a cobra estava ali à sua frente, você simplesmente agiu, não a partir de sua mente, mas a partir de sua totalidade. Aquilo foi um ato de Deus.

O homem que quer realmente se tornar um não-fazedor, começa agindo como um veículo do divino, do todo. A ação continua, mas o ator desaparece. Este é o significado do não-fazer. Você vive a mesma vida, mas agora você tem uma qualidade totalmente diferente, ela tem um sabor diferente."




Palavras de:__
______________OSHO -
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ser inteira

“Tenho cabeça, coração e me respeito. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje, amanhã já me reinventei. Sou complexa, sou mistura. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar. Não me doo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos.”




Palavras de: - Clarice Lispector
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domingo, 16 de outubro de 2011

Os diferentes e suas diferenças


Estou aprendendo a respeitar os diferentes e suas diferenças.

Amar é um movimento de não permitir a indiferença em relação àquilo que ainda não compreendemos em nosso semelhante.



Palavras de: Wanderley Oliveira
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