segunda-feira, 4 de julho de 2011

● Caminhos






Semana passada, acordei cedo e aproveitei para fazer todas as coisas que precisava fazer na rua... passar no supermecado, no banco, na farmácia... e saindo da garagem, logo me dirigi à farmácia que era onde planejei ir primeiro... dirigia distraída já me afastando alguns quarteirões de casa, quando me lembrei que seria melhor passar primeiro no banco, porque precisava tirar dinheiro...

- Nossa... vou ter que dar uma volta grande, pensei comigo, já buscando o melhor caminho para voltar... mas, vejo que, dali onde estou, a única opção de retorno é virando à direita. Assim, faço e já me preparo para virar a próxima rua, quando me dou conta que... se eu seguir em linha reta, chego no banco...

Fico muito surpresa, como nunca percebi antes, que esse caminho é muito mais rápido e desimpedido do que o antigo que eu fazia... e fico encantada com essa descoberta que agora me parece tão óbvia.

Tão óbvia que até me assustou por nunca ter percebido esse percurso muito mais fácil e direto, antes...

Sempre que ia ao banco já fazia o caminho que me ensinaram a fazer desde que me mudei para essa casa... sempre achando que era o melhor... e olha que já vão uns dez anos.

Quantas voltas e quanto trânsito já peguei por não ter descoberto isso antes, pensei...

O fato é que me acostumei com o que aprendi e nem sequer questionei se era o caminho melhor... e seguir por ali ficou automático...

Quantas coisas viram rotina nas nossas vidas só porque um dia pensamos que eram as melhores...

A gente se acostuma tanto com o que um dia aprendeu como certo ou como melhor, que aquilo acaba se tornando uma verdade acima de qualquer suspeita... nem nos passa pela cabeça que possam existir outros caminhos... e outras verdades mais simples a mais diretas para o nosso objetivo...

Quando é só uma ida ao banco isso pode não parecer muito grave... só mais demorado, mas quando isso se refere as coisas que acreditamos, e onde colocamos nossa energia, isso nos afeta mais profundamente... porque nos prende e limita nossa evolução.

Quantas coisas aprendemos há tanto tempo, ou quantas coisas nos são impostas por fazerem parte das nossa origem ou da nossa cultura, das nossas crença... e vamos seguindo automaticamente sem nunca questionar porque estamos seguindo

A vida é um fluxo constante de mudanças e se não fluímos com as mudanças, corremos o risco de ficar passando por caminhos defasados e demorados, só por não ter o cuidado ou a coragem de questionar se existem outros que satisfazem mais a nossa alma.

Na verdade, acho que devemos questionar sempre o que estamos seguindo, porque temos a mania de nos prender às coisas... de nos apegar a elas.... e muitas vezes por comodismo preferimos seguir... do que descobrir caminhos. Seguir mesmo só é bom se o nosso coração nos indica...

Aproveitei a descoberta do novo caminho para questionar muitas coisas na minha vida... e, por mais cuidado que eu tenha de seguir meu coração percebi que, algumas vezes, muito sutilmente, vamos acreditando em coisas, que se questionarmos só um pouquinho, veremos que são até um pouco absurdas... ou muito.

Experimente questionar suas crenças e seus valores... pergunte por que isso tem que ser assim ou por que temos que fazer isso dessa ou daquela forma.

De tempos em tempos é sempre bom fazer uma faxina geral nas nossas rotinas, nas nossas crenças, sabendo que não precisamos aceitar nada que não satisfaça plenamente à nossa Alma...



Palavras de: Rúbia A. Dantés
Imagens: google.com





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