quinta-feira, 17 de março de 2011

● Olhos serenos no meio da tempestade

(Quando os Corações se Encontram no Zimbório Celeste)

Hoje, quando caiu a noite, a tempestade se fez e o céu se encheu de esplendores.
Os raios dançavam no negrume do céu, enquanto os trovões ribombavam o seu poder sonoro na atmosfera.

A força da Natureza é impressionante! É beleza selvagem, sem cabresto.

Olhando a festa natural no firmamento, quedei mais uma vez e pensei nas coisas do espírito. Pensei no Poder Invisível que criou a tormenta e que é doce calmaria infinita. O mesmo Poder Secreto que criou os meus olhos, que vêem a tempestade, e o meu coração que a aprecia.

Pensei que, para além da atmosfera e seus fenômenos que tanto me encantam, o mesmo Poder Incomensurável continuava apresentando o espetáculo de suas infinitas luzes brilhando no zimbório celeste.

Senti que os meus olhos brilhavam no meio da noite escura, tal qual as miríades de estrelinhas na imensidão sideral. Eu e elas, frutos do mesmo Poder Engendrador de todas as coisas.

Então, junto com o clarão de mais um raio, um pensamento estalou em minha mente: será que outros olhos estariam brilhando lá em cima, também encantados com a beleza da tempestade?

Surpreso com tal idéia, fui até a sacada e abri a janela. O vento e a chuva saudaram o meu rosto com uma forte rajada e realizaram um pandemônio nos papéis que estavam na mesa. Mas eu não me preocupei com isso, apenas olhei para cima.

E fiquei ali por um bom tempo, recebendo os elementos da natureza como meus irmãos, admirado, e ponderando sobre os outros irmãos além da atmosfera, lá em cima, em suas naves reluzentes, também encantados com o mesmo Poder Gerador de todas as maravilhas.
No meio da noite, entre a tempestade e o zimbório celeste, os nossos olhares se cruzaram espiritualmente, brilhando entre os pensamentos.

Da mesma maneira que o vento e a chuva me saudaram numa rajada límpida e fresca, eu saudei em silêncio aqueles outros olhos, de coração a coração, na linguagem do Amor Que Ama Sem Nome. Aqueles outros olhos, tão encantados quanto os meus.

No centro da noite, eu quedei, mais uma vez, maravilhado com a tormenta.Maravilha das maravilhas: no meio dela, a calmaria espiritual. E, algures, no espaço sideral, os olhos que eu não vi, mas o meu coração sentiu.

Em silêncio, fiquei ali com os elementos da natureza, admirado e leve, com os dois olhos iguais a diamantes.(Esses escritos me foram inspirados espiritualmente por um escritor extrafisico*. Fui acordado no meio da noite para grafar essas palavras rapidamente).




Palavras de: Wagner Borges
Imagem: google.om

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